Trajetória de curso
André Coimbra Lino de Castro
Desde
pequeno sempre gostei de músicas, tinha mais ou menos dois anos de idade.
Quando completei cinco anos perdi a visão, visto um descolamento de retina que
ocorreu, dado a toxoplasmose, que minha mãe teve na gravidez e somente
descobriu no quarto mês de gestação.
Com
isso, meu lado musical foi aparecendo cada dia. Aprendi o Braille com seis anos
e entrei na escola Estadual São Rafael, escola especial para cegos e
deficientes visuais. Quando completei sete anos, minha tia me deu de presente
de aniversário, aulas de piano, isto é, ela e o meu tio pagariam para mim
semanalmente junto com meus dois primos, filhos deles.
Alguns
anos depois, meu pai começou a pagar para mim, já que meus tios mudaram de
residência e não puderam mais pagar, o condomínio do apartamento novo era muito
caro e tiveram que começar a economizar.
Fiz
tanto o ensino fundamental e médio na escola São Rafael, e com o apoio de meus
pais e parentes, tentei vestibular para música. Não passei na primeira etapa e
no ano seguinte tentei novamente e passei na etapa específica de música, mas
não passando nas provas gerais.
Tentei
no ano seguinte mais uma vez vestibular para música, mas cansado de mais um
fracasso, resolvi tentar por mim mesmo, vestibular para psicologia na PUC do
São Gabriel.
Após
um telefonema de meu pai dizendo que eu não tinha passado, imediatamente,
consegui achar o resultado e vi meu nome na lista dos aprovados, onde me
certifiquei que olharam o resultado da lista de aprovados na PUC do Coreu e
disseram a meu pai.
Comemorei
bastante e em fim chegou o dia esperado para começar. Nem consegui dormir a
noite, tive muita ansiedade para iniciar nas aulas.
Aos
poucos fui conhecendo meus colegas de sala, e rapidamente fiz grandes amizades
que juntos passamos com grandes dificuldades e grande esperança que nos
próximos períodos o curso ficaria com cara de psicologia mesmo.
Já
no segundo período, o curso melhorou bastante, com disciplinas mais específicas,
onde toda sala e eu gostamos da disciplina teoria Existenciais Humanistas I,
ministrada pelo professor Alexandre Caetel. As dinâmicas, os textos, a aula de
sonho, foram muito legais para a maioria da sala.
No
terceiro período, a disciplina Experimental do comportamento, foi uma das
disciplinas deste período que eu estava com um pouco de receio, pois teríamos
de mexer com os ratinhos no laboratório. Alguns colegas de classe gostaram
dessa disciplina e não tiveram dificuldade em ensinar os ratinhos, novos
repertório, sendo oposto de meu grupo que teve vários imprevistos, que desta
maneira não possibilitou as atividades esperadas com Luisinho, nosso rato. Contudo,
a professora Tita nos ajudou a entender que nem sempre conseguimos fazer com
que o ratinho aprenda o que se espera e até comparou o ratinho com um cliente
na terapia, que às vezes temos de mudar nossa atitude com o cliente e assim
tentar alterar nossa conversa com ele, com a finalidade de ajudá-lo melhor.
Passado
mais um período complicado, já no quarto período, ficando mais apertado nosso
curso, a disciplina teorias psicanalíticas I, para alguns foi interessante e
para outros nem tanto, me incluo, nos que não gostaram, pois não sou muito
chegado nas teorias de Freud.
No
quinto período, a disciplina psicopatologia I marcou nosso período. Gostamos
muito das aulas no hospital Raul Soares onde conhecemos algumas histórias de
alguns pacientes internados neste lugar. O professor Flávio, era quem fazia as
entrevistas com os pacientes, e que ficávamos escutamos para começar entender
as funções psíquicas. Essas entrevistas nos ajudaram a fazer o relatório da
disciplina psicopatologia I, todas as entrevistas que observamos foram muito
interessantes.
Agora
no sexto período, tivemos alteração em nossa grade curricular. Nossa turma está
sendo a primeira a cursar a disciplina gestão e cuidado, no início do semestre
grande parte da turma teve grandes dificuldades em entender a ementa desta
matéria. Nem toda a turma sabia como mexer em blogs, mas com paciência das nossas
professoras Valéria e Cássia, percebemos como esta disciplina é e será, de tal
importância, pois é ela, que está nos mostrando as novas ênfases do curso, nos
ensinou a usar o blog.
Assim
a cada período vamos conhecendo novas disciplinas e cada vez mais se
apaixonando com as abordagens e que em minha opinião, está ficando cada vez
mais difícil escolher a qual abordagem vou seguir, mesmo gostando muito de Existencial
Humanista, ainda quero conhecer outras abordagens, para que no último período,
eu esteja mesmo certo qual abordagem me especializarei.
Bacana André, foi muito bom entender mais esse seu percurso, não sabia que você era músico...
ResponderExcluirRealmente a Psicologia é uma área de conhecimento muito vasta, ainda tem muita coisa para você ver e aprender!
Grande abraço,
Valéria e Cássia