segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O amor pode ser patológico

            Numa relação amorosa saudável é comum dedicar atenção e afeto ao seu parceiro, mudar os hábitos e alterar a rotina. Porém, torna-se preocupante quando estes comportamentos ocorrem de forma exagerada. Não é saudável quando uma pessoa se doa demais em um relacionamento,se ocupando mais do parceiro do que gostaria. Quando a pessoa não consegue controlar sua entrega em um relacionamento, não tendo mais controle sobre sua conduta e prioriza a relação deteriorando outros aspectos de sua vida, provavelmente sofre de amor patológico.
A característica marcante do amor patológico é o comportamento de dedicar muito tempo e atenção ao parceiro objetivando receber afeto e, assim, evitar sentimentos pessoais como baixa auto-estima, insegurança, medo de ficar sozinho. O portador do amor patológico procura no parceiro o alívio para suas angústias.
O amor patológico tem características de dependência do parceiro. A pessoa dependente vive em função do outro. Sofre emocionalmente na ausência do parceiro e até fisicamente, podendo apresentar sintomas de abstnência comparados aos sofridos por dependentes químicos. Quando o parceiro está distante (física ou emocionalmente) ou diante de uma ameaça de abandono, podem ocorrer: insônia, taquicardia, tensão muscular, alternando-se períodos de letargia e intensa atividade. O dependente afetivo sofre com a possibilidade da perda e do abandono, visto que é muito inseguro e possui baixa auto-estima.
Ainda que o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, não inclua a co-dependência na lista das patologias, quem lida com psicoterapia pode perceber em seus consultórios, a grande demanda de pacientes que manifestam sintomas de abstinência. Se as pessoas afetadas, desconhecem sua patologia, esta pode gerar níveis de estresse que diminuem sensivelmente a qualidade de vida. Possivelmente contribuindo em outras doenças, como doenças cardiovasculares e as dependências químicas. Embora o Amor patológico não seja muito estudado, é bastante provável que esse quadro possa estar associado a outros transtornos psiquiátricos, tais como quadros depressivos e ansiosos. É possível também que casos de Amor Patológico (AP) possam ocorrer isoladamente em personalidades mais propensas a desenvolver a patologia. Em casos mais expressivos o AP vem acompanhado de sentimentos de rejeição, de abandono e de raiva.

Referência:
SOPHIA, Eglacy C; TAVARES, Hermano; ZILBERMAN, Monica L. Amor patológico: um novo transtorno psiquiátrico?. Rev. Bras. Psiquiatr.  São Paulo,  v. 29,  n. 1, Mar.  2007 Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462007000100016&lng=en&nrm=iso



Atendimento psicoterápico em nossa área de atuação

Atendimento psicoterápico via computador. Se quiserem obter informação leiam abaixo:


Sabe-se que a Psicologia, no Brasil, é uma profissão reconhecida por lei, ou seja, a lei 4.119, de 1962, reconhece a existência da Psicologia como profissão.

São psicólogos habilitados ao exercício profissional, aqueles que completam o curso de graduação em Psicologia e se registram no órgão profissional competente. (BOCK, 2002)

Segundo Bock, o psicólogo possui instrumentos teóricos para desvendar o que está implícito, encoberto, não aparente e, nesse sentido, a pessoa, grupo ou instituição tem um papel fundamental, pois o psicólogo não pode ver na bola de cristal ou nas cartas. Para poder trabalhar, ele precisa que as pessoas falem de si, contem sua história, dialoguem, exponham suas reflexões. O psicólogo pode, junto com o paciente, desvendar razões e compreender dificuldades, caracterizando-se, assim, sua intervenção.

Pode-se dizer que o psicólogo é um profissional que desenvolve uma intervenção no processo psicológico do homem, uma intervenção que tem a finalidade de torná-lo saudável, isto é, capaz de enfrentar dificuldades do cotidiano; e faz isso a partir de conhecimentos acumulados pelas pesquisas científicas na área da Psicologia.

Agora que já expliquei um pouco sobre a prática do psicólogo, quem já ouviu dizer sobre atendimento psicoterápico via computador?

Para quem não sabe esse atendimento é um novo método que não substitui um processo de psicoterapia. Não é adequada em momentos de crise muito grave.

Cabe ressaltar que só pode prestar esse tipo de serviço, psicólogos que estão devidamente legalizados e monitorados pelo Conselho Federal de Psicologia.

São reconhecidos os serviços psicológicos mediados por computador, desde que não psicoterapêuticos, tais como:

Orientação psicológica;


Orientação afetivo-sexual;                                                          


Orientação profissional;


Orientação de aprendizagem;


Psicologia escolar;


Consultorias a empresas;


Reabilitação cognitiva, comunicativa;


Utilização de testes psicológicos informatizados.


Os temas abordados podem ser:


Ansiedade;


Alterações de humor;


Fobias e medos,


Sofrimento em função de doenças físicas;


Dificuldades na resolução de problemas;


Dificuldades nas tomadas de decisão;


Problemas de relacionamento; Outros.

Cabe lembrar que a consulta de orientação on-line pode ser efetuada através de: E-mail, MSN e SKYPE.

Nos links: http://www2.pol.org.br/legislacao/pdf/resolucao2005_12.pdf e http://www.anapaulamachado.com.br/atendimento_online.asp; vocês encontrão detalhes da Resolução, no qual regulamenta o atendimento psicoterápico.

Então, agora que vocês sabem um pouco sobre atendimento psicoterápico, você utilizaria essa ferramenta em sua prática ou não? Por quê?

Um grande abraço Angélica Fune de Carvalho

Referências

BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologia: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.

http://www2.pol.org.br/legislacao/pdf/resolucao2005_12.pdf

http://www.anapaulamachado.com.br/atendimento_online.asp