sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fim de semestre














Viver e não ter ...

             Eu fico

Com a pureza
         Da resposta das crianças                                   
                  É a vida, é bonita
                           E é bonita...


Viver!                                                    
E não ter a vergonha                                             
De ser feliz                              
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...



Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...



E a vida!                                                    
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...



E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...



Há quem fale                                    
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo                                 
Que nem dá um segundo...



Há quem fale                                              
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...



Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...



Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...



Sempre desejada                                        
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...



E a pergunta roda                                                
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Trajetória do André


Trajetória de curso

André Coimbra Lino de Castro

            Desde pequeno sempre gostei de músicas, tinha mais ou menos dois anos de idade. Quando completei cinco anos perdi a visão, visto um descolamento de retina que ocorreu, dado a toxoplasmose, que minha mãe teve na gravidez e somente descobriu no quarto mês de gestação.
            Com isso, meu lado musical foi aparecendo cada dia. Aprendi o Braille com seis anos e entrei na escola Estadual São Rafael, escola especial para cegos e deficientes visuais. Quando completei sete anos, minha tia me deu de presente de aniversário, aulas de piano, isto é, ela e o meu tio pagariam para mim semanalmente junto com meus dois primos, filhos deles.
            Alguns anos depois, meu pai começou a pagar para mim, já que meus tios mudaram de residência e não puderam mais pagar, o condomínio do apartamento novo era muito caro e tiveram que começar a economizar.
            Fiz tanto o ensino fundamental e médio na escola São Rafael, e com o apoio de meus pais e parentes, tentei vestibular para música. Não passei na primeira etapa e no ano seguinte tentei novamente e passei na etapa específica de música, mas não passando nas provas gerais.
            Tentei no ano seguinte mais uma vez vestibular para música, mas cansado de mais um fracasso, resolvi tentar por mim mesmo, vestibular para psicologia na PUC do São Gabriel.
            Após um telefonema de meu pai dizendo que eu não tinha passado, imediatamente, consegui achar o resultado e vi meu nome na lista dos aprovados, onde me certifiquei que olharam o resultado da lista de aprovados na PUC do Coreu e disseram a meu pai.
            Comemorei bastante e em fim chegou o dia esperado para começar. Nem consegui dormir a noite, tive muita ansiedade para iniciar nas aulas.
            Aos poucos fui conhecendo meus colegas de sala, e rapidamente fiz grandes amizades que juntos passamos com grandes dificuldades e grande esperança que nos próximos períodos o curso ficaria com cara de psicologia mesmo.
            Já no segundo período, o curso melhorou bastante, com disciplinas mais específicas, onde toda sala e eu gostamos da disciplina teoria Existenciais Humanistas I, ministrada pelo professor Alexandre Caetel. As dinâmicas, os textos, a aula de sonho, foram muito legais para a maioria da sala.
            No terceiro período, a disciplina Experimental do comportamento, foi uma das disciplinas deste período que eu estava com um pouco de receio, pois teríamos de mexer com os ratinhos no laboratório. Alguns colegas de classe gostaram dessa disciplina e não tiveram dificuldade em ensinar os ratinhos, novos repertório, sendo oposto de meu grupo que teve vários imprevistos, que desta maneira não possibilitou as atividades esperadas com Luisinho, nosso rato. Contudo, a professora Tita nos ajudou a entender que nem sempre conseguimos fazer com que o ratinho aprenda o que se espera e até comparou o ratinho com um cliente na terapia, que às vezes temos de mudar nossa atitude com o cliente e assim tentar alterar nossa conversa com ele, com a finalidade de ajudá-lo melhor.
            Passado mais um período complicado, já no quarto período, ficando mais apertado nosso curso, a disciplina teorias psicanalíticas I, para alguns foi interessante e para outros nem tanto, me incluo, nos que não gostaram, pois não sou muito chegado nas teorias de Freud.
            No quinto período, a disciplina psicopatologia I marcou nosso período. Gostamos muito das aulas no hospital Raul Soares onde conhecemos algumas histórias de alguns pacientes internados neste lugar. O professor Flávio, era quem fazia as entrevistas com os pacientes, e que ficávamos escutamos para começar entender as funções psíquicas. Essas entrevistas nos ajudaram a fazer o relatório da disciplina psicopatologia I, todas as entrevistas que observamos foram muito interessantes.
            Agora no sexto período, tivemos alteração em nossa grade curricular. Nossa turma está sendo a primeira a cursar a disciplina gestão e cuidado, no início do semestre grande parte da turma teve grandes dificuldades em entender a ementa desta matéria. Nem toda a turma sabia como mexer em blogs, mas com paciência das nossas professoras Valéria e Cássia, percebemos como esta disciplina é e será, de tal importância, pois é ela, que está nos mostrando as novas ênfases do curso, nos ensinou a usar o blog.
            Assim a cada período vamos conhecendo novas disciplinas e cada vez mais se apaixonando com as abordagens e que em minha opinião, está ficando cada vez mais difícil escolher a qual abordagem vou seguir, mesmo gostando muito de Existencial Humanista, ainda quero conhecer outras abordagens, para que no último período, eu esteja mesmo certo qual abordagem me especializarei.