quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Nossa História..."

Essa postagem representa um recorte que fizemos, no intuito de apresentar aos visitantes do blog, um pouco da nossa trajetória na faculdade e de momentos que nos ajudaram na escolha pelo curso de psicologia. São cinco histórias de vida diferentes, mas em que determinado momento se cruzam,  formando uma outra grande história.



Meu percurso Formativo – Ana Cláudia Barroso

“Sempre fui uma boa aluna, nunca dei “trabalho” na escola. Comecei a estudar cedo, fiz 1,2 e 3º período. Da primeira séria do fundamental até o 3º ano do Ensino Médio, passei por 3 Colégios, sendo 1 deles Municipal e os outros 2 particulares. Hoje em dia faço faculdade de Psicologia na Puc Minas São Gabriel. Iniciei o curso no ano de 2008. Antes de ingressar na faculdade fiz um ano de cursinho pré-vestibular e prestei vestibular apenas para a UFMG, mas não prestei para Psicologia, e sim Fonoaudiologia. Já no ano em que passei no Vestibular da Puc-MG, também prestei vestibular na Fumec, para o curso de Engenharia Ambiental. Passei nos dois processos e estava um pouco em dúvida sobre qual curso seguir. Alguns me diziam que eu deveria ingressar no de Psicologia, que era o que eu já vinha falando a algum tempo, e que combinava mais comigo. Já outros me diziam para optar pela Engenharia Ambiental, com o argumento de que é a profissão do futuro, que eu seria bem sucedida financeiramente. Decidi deixar de lado a ambição financeira e optar pela profissão a qual imaginei  que me faria mais feliz.
Estou adorando o curso, a cada período as matérias vão ficando mais especificas, o que dá um ânimo maior. Estava loucamente a procura de um estágio. Senti necessidade de ter um maior aprendizado extra-classe, além de poder ajudar na renda familiar, mesmo que a remuneração não seja boa. Estava a poucos meses enviando currículos, mas já fui chamada para aproximadamente 5 a 6 processos seletivos, mas consegui comparecer a apenas 3 processos. Alguns não pude ir, pois o horário de trabalho não era compatível com meu horário disponível, outro por estar viajando. A disputa é acirrada entre os estudantes, muita concorrência. Sinto que minha falta de experiência atrapalha na hora da escolha do estagiário. Recentemente consegui a tão desejada vaga. Iniciei  o estágio na Script RH, uma pequena empresa de Consultoria e Recrutamento e Seleção. Já percebi que tenho muito que aprender. Não vai ser fácil, mas com certeza irá valer a pena.  Tenho muitos sonhos e expectativas para o futuro, dentre alguns destes sonhos estão poder contribuir com dinheiro em casa, afinal meu pai esta gastando e sempre gastou muito dinheiro com minha educação; poder conhecer novas culturas fazendo viagens e estudando; e principalmente me sentir bem sucedida profissionalmente.  Sei que sou que sou capaz, e juntamente com a ajuda das pessoas que me amam e de Deus, tudo dará certo.”


 “A minha trajetória ate os 19 anos está diretamente relacionada a uma cidade do interior de Minas, onde cresci com meus pais e uma irmã. Fiz muitas amizades e algumas cultivo ate hoje. Foi la inclusive, que conclui ate o ensino médio e fiz minha escolha pelo curso de psicologia.
Porém para que o desejo se tornasse realidade, foi decidido em família que o melhor para todos era que nos mudássemos para um local que pudesse atender mais satisfatoriamente as nossas necessidades, incluindo melhores ofertas de trabalho e estudo. Nos mudamos com uma coragem, que invejo ate hoje, quando relembro essa história. 
Como toda mudança, houve um período de adaptação e busquei me apegar as coisas boas que estava descobrindo. A nova casa, as novas amizades, as aulas do cursinho pré vestibular, as festas, e ate mesmo a cidade. Quando a aprovação do vestibular chegou, a familia inteira ficou muito feliz, estudar foi o principal motivo que me trouxe à B.H.  e naquele momento ele estava se concretizando.
A entrada na faculdade me proporcionou experiências enriquecedoras e desafiantes. Hoje, quando penso no futuro vejo que há muita coisa a ser feita , tanto na vida pessoal e profissional. Quero conquistar meu espaço no mercado de trabalho e sei que meu percurso na faculdade está de fato relacionado ao sucesso que almejo futuramente. Alem do compromisso de poder “devolver” todo carinho e esforço aos quais minha família vem depositando em mim.
 Referente ao passado, percebo o quão ele foi importante para que chegasse onde estou. A forma como o sujeito se relaciona, e com quem, são marcas importantes na constituiçao do ser humano. E Eu  tive a sorte e o prazer de sempre ter ao meu lado pessoas muito especias -cada qual a seu jeito-  tanto em relações mais antigas, quanto nas mais recentes, que me apoiaram em minhas decisões e compartilharam dos meus momentos de felicidade e de frustação.
No mais, estou muito contente com a escolha do meu curso e espero princialmente daqui pra frente, no qual as materias são mais específicas, me aprofundar ainda mais, porém sem a pretenção de que esse conhecimento se esgote, mas sim de continuar sempre em busca e que cada sonho realizado dê lugar a outro ainda almejado. “
Nedina Pereira

“Para falar a verdade, antes de entrar para o cursinho eu não estava tão animada a entrar na faculdade, não. Tinha vontade, mas não aqueeela vontade. Então... durante o cursinho eu despertei pra vida e passei a entender tudo o que eu já tinha aprendido na escola e percebi que se tivesse estudado muito, prestado atenção em tudo que o professor explicava em sala de aula, não haveria necessidade de fazer cursinho porquê tudo que eles ensinaram lá, eu já tinha visto no colégio (kkk).
Então, em 2006 ainda cursando o 3° ano, iniciei o cursinho e tentei física na UFMG. Não passei, mas valeu a experiência. No ano posterior, tentei biologia ainda na Federal e não sabia qual curso escolher para fazer na PUC, pois só tinha ciências biológicas pra dar aula, e eu não queria. Então, o único curso que me interessava era Psicologia. Antes de escolher o curso, me angustiava muito, pois não sabia qual caminho seguir. Pedi muito a Deus que me ajudasse creio que ele me ajudou.
Entrei de gaiato no navio e foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Não tinha informação nenhuma sobre o curso e fui descobrindo durante as aulas a beleza e sensibilidade da psicologia. A minha maneira de ver o mundo tomou outra proporção, agora, mais ampla da complexidade da vida humana. Minha experiência na faculdade tem sido muito gratificante.  Agora mais do que nunca, estou pensando em formas de investir mais ainda na minha formação, decidir qual ênfase fazer e dar continuidade no processo de descoberta da psicologia que nunca cessa, pois cada indivíduo é um desafio diferente.”
 Jéssica Silva


“Toda a vida estudei em escola particular e sempre fazia parte de teatros que aconteciam na escola. Todo ano tinha eleições no colégio; na 2ª série fui eleita vereadora e na 4ª série, fui vice-prefeita. Ganhei um concurso sobre drogas na 4ª série e fui monitora de todas as matérias. 
Em julho de 2004 me mudei para Belo Horizonte. Fiz um teste para estudar no colégio Magnum e começando as aulas em agosto, fui muito bem recebida pelos mineiros. Apesar de ter sido muito difícil a mudança, a adaptação foi super rápida e como eu digo, em Goiás só volto para passear e ver família, pois gosto muito de Minas Gerais.
Concluindo o ensino médio em 2007, com algumas dificuldades em matérias exatas, chegou a época do vestibular. Apesar de ter feito orientação profissional no colégio mesmo, não levei muito a sério pois já estava decidida do que eu queria: A Psicologia, influência de tia? Quem sabe... Infelizmente não estudei o suficiente para passar na UFMG, porém fui aprovada na FUMEC e na PUC. Sem pensar duas vezes, escolhi a PUC e ingressei na vida universitária em fevereiro de 2008 com 18 anos.
 
Tudo muito novo, de mudanças e aquele clima de universidade um tanto quanto diferente da época de escola, porém adorável, conheci pessoas maravilhosas e amigas que eu sei que são eternas, bom, assim espero. O 1° período, como de qualquer outro curso não foi muito atrativo, mas a partir do 2° período muita coisa começou a mudar. No decorrer dos períodos as matérias ficaram e estão ficando mais interessantes, devido principalmente a área que tenho grande interesse, Psicologia Organizacional,  se tornar mais presente.
No estágio supervisionado do 2º Período, meu grupo deveria marcar entrevista em diversas áreas de atuação do Psicólogo, para que pudéssemos conhecer mais o campo de atuação da Psicologia.

Assim, entre os lugares visitados, um me chamou atenção: A Associação Escolar Comum Viver. Esta é uma escola voltada para pessoas portadoras de necessidades especiais. Como lá sempre precisa de voluntários, fiquei muito interessada e em outubro de 2008 comecei a realizar um trabalho voluntário na sala de artes da escola, auxiliando a professora. Em fevereiro de 2009, a coordenadora da escola me chama para conversar perguntando do meu interesse em ficar em uma sala de aula com cinco autistas. Apesar de já conhecer os meninos autistas, sabendo que não seria fácil por ser uma sala bastante agitada e agressiva, decidi aceitar, pois sabia que a experiência seria única.

Sempre há um remanejamento de professores na escola para evitar que os alunos tenham apenas uma referência, então, em julho de 2009 na reunião de professores fui para uma outra sala, que havia sete excepcionais, dentre eles, alguns epiléticos. Apesar de ser uma sala bem mais tranquila, com pessoas carinhosas e sem agressividade, muitos deles diariamente tinham convulsões, o que me deixava um pouco assustada, porém, nada que impossibilitasse de continuar na sala.

Apesar de ser um trabalho muito gratificante, de ter contribuído muito para a minha vida pessoal e profissional, pensei que já estava na hora de procurar uma outra área da Psicologia para que eu pudesse conhecer, uma vez que eu tinha tido a experiencia de trabalhar na a área educacional para excepcionais por mais de 1 ano. Assim, em fevereiro de 2010 decidi sair da Associação Escolar Comum Viver, ficando apenas até o final do mês pata treinar a pessoa que entraria no meu lugar.

Não sei o motivo, mas sempre me imaginei trabalhando em empresas e acho muito interessante o clima organizacional, então, decidi em março de 2010 fazer um curso de Recrutamento e Seleção para facilitar a minha entrada no mercado de trabalho. Feito isso, comecei a enviar currículos para as oportunidades de estágio que apareciam no Sga. Inicialmente, procurei por estágio apenas na área de Recursos Humanos que é o meu grande interesse, mas com a dificuldade de participar das últimas etapas dos processos seletivos, comecei a encaminhar currículo  para outras áreas também. Apesar de ter passado em um estágio para psicologia social, pensando muito, decidi recusar pois não era a área que eu queria estagiar.
Feito a escolha, continuei mandando currículo, até que consegui chegar na final de um processo seletivo de uma empresa, a SOS Educação Profissional. Apesar de demorado e várias etapas de processo, finalmente consegui. Em junho de 2010 comecei o treinamento na empresa e em julho comecei efetivamente, ficando em duas unidades: a de Venda Nova e a outra em São Benedito.
Desde então, estou atuando na parte de Recursos Humanos da SOS Educação Profissional, com o programa da SOS Oportunidades: Encaminhamento e orientação dos alunos ao mercado de trabalho.
Como falo com algumas pessoas, a minha passagem por vários processos seletivos está sendo de grande valia para a minha atuação no SOS Oportunidades. É uma área que tenho grande interesse, principalmente, em permanecer.
Muitas expectativas para o futuro, porém, a primeira delas é a minha formação em Psicologia. Tenho muita vontade em permanecer na área da Psicologia Organizacional, para isso, pretendo viajar e fazer minhas especializações fora do Brasil (que é um sonho), conhecendo novas culturas, aprimorando o Inglês e estudando a área de interesse, principalmente. Com apoio da família, minha força de vontade e Deus, espero ser uma profissional realizada e bem sucedida.” 
Isabella Barbosa


Meu nome é Andréia Marques de Oliveira, tenho 20 anos e uma das lembranças que tenho em relação às minhas expectativas para o futuro é que sonhava quando criança em ser médica pediatra, com o passar dos anos fui percebendo que não era exatamente o que eu queria, gostaria sim de trabalhar na área da saúde mas não necessariamente através da medicina. No ensino Médio comecei a pensar na Psicologia por me identificar com a profissão e por acreditar que esta é cheia de conteúdos interessantes que me chamaram muita atenção. No ano de 2007 prestei vestibular e tinha a certeza do curso que queria seguir, fiz 1 mês de cursinho pré-vestibular super intensivo e então fui aprovada na PUC, Newton Paiva e FUMEC, porém também havia prestado vestibular na UFMG, onde infelizmente não fui aprovada.
            Com o início do curso passei por uma fase de dúvidas em relação à Psicologia, mas já no 2º período começaram algumas matérias mais focadas na área e meu interesse retornou. Hoje, apesar de gostar de várias áreas, penso em seguir a carreira em Recursos Humanos, onde consigo me ver melhor atuando como Profissional. No curso de Psicologia fiz também algumas amizades que quero carregar por toda vida.
            Uma de minhas conquistas nessa fase da minha vida foi quando consegui tirar minha carteira de motorista, o que hoje garante uma parte da independência que consegui alcançar.
            Atualmente, trabalho na empresa da minha família na área da Contabilidade, há mais de um ano, onde passei pelos cargos de recepcionista, auxiliar de departamento jurídico e auxiliar de departamento financeiro (atual). A empresa foi constituída um ano antes do meu nascimento, por esse motivo ela faz parte de inúmeros momentos da minha vida desde o dia-a-dia (quando minha mãe me levava para o trabalho para passear e quando tínhamos que ir ao médico) até eventos e comemorações que com certeza ficaram sempre marcados em minha trajetória. Agora, dentro da empresa, partindo de outro ponto de vista, pois agora faço parte dela como integrante posso dizer que este trabalho me trouxe muito conhecimento e várias experiências que contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional, pois tive a oportunidade de aprender sem medo de errar, pois, muitas pessoas estavam ali para me ajudar. Também participei de alguns processos de recrutamento e seleção que me fizeram ter uma visão mais aproximada da área e despertou meu interesse.”
 Andréia Marques

Uma historinha "engraçada"...




“Como não se preocupar com o bem estar das pessoas????”, é uma das frases que Catarina sempre pensava...Catarina foi uma menina esperta, brincalhona, sorridente e muito amiga... Ah, e sempre gostava de escutar as pessoas... A mãe estava triste, Catarina a escutava... Escutava o irmão, as irmãs, o pai, os amigos, os vizinhos, as crianças, os idosos, o cachorro, o papagaio... Se tinha alguém precisando ser escutado, lá estava Catarina, sempre disposta a escutar.
Em contato com a formação da mãe e de mais duas irmãs psicólogas, que com freqüência, compartilhavam o que estavam estudando ou já haviam estudado, despertando assim um interesse cada vez maior pela área que Catarina já era bastante interessada, pensava então em ser psicóloga. Mas no entanto, como a maioria das crianças na fase escolar, seu primeiro desejo foi ser professora, iniciou o pré primário aos 7 anos, porque naquela época só fazia “jardim de infância” ,como era chamado, crianças cujos pais tinham dinheiro para pagar, o que não era seu caso. Catarina lembra-se até hoje de seu primeiro dia de aula, mochila e merendeiras amarelas, “ porque amarelas”? segundo sua mãe era de fácil localizar Catarina, “que era uma garotinha mirradinha coitadinha”, uniforme azul marinho, as meias brancas e a terrível e indispensável “Conga”, Catarina odiava calçar isso, chorava muito, mas só poderia entrar na escola com o uniforme completo, a diretora era uma ditadora ( D.Zuleima come capim de cavalo...ops, rs rs,  seu nome na verdade era D. Zuleima Scarpin de Carvalho, mas era tão chata que o primeiro pegou e o bairro todo se referia a ela assim).   
Catarina chegou no portão da Escola Menino Jesus de Praga, segurando fortemente a mão de sua mãe, que repetia sem parar que não era para ela chorar, que iria passar rápido e que a estaria esperando do lado fora, essas palavras de fato surtiram efeito, ainda com lágrimas querendo cair dos olhos e o nó na garganta somados ao medo do que não conhecia,  Catarina não chorou, entrou, rezou, ouviu o hino nacional, as músicas infantis “pintinho amarelinho”, em seguida foi para a sala e por lá não quis sair jamais, se encantou pelo novo e por tudo que ele iria lhe proporcionar, e se apaixou pela professora, descobriu então que queria ser  inteligente igual ela, estava decicido, não ia ser mais psicológa, iria ser professora.  
Fez o ensino fundamental, mas nessa época-pré adolescência, não pensava em ser nada, queria mesmo era ir pra escola para divertir com seus amigos. Bons tempos aqueles, ria muito... do nada,  de tudo...ria e ria, e assim foi até a 8º série, mesa escola, mesmo amigos, mesmas brincadeiras, piadas ...e mais risadas.
Catarina passou para o Ensino Médio, e agora??? Vários questionamentos surgiram, qual escola iria? O que ela iria ser???? Decidiu então ira para o badalado “Central”, escola pública  referência de Belo Horizonte,  dividida por áreas: exatas, humanas e biológicas, melhor época da vida de Catarina, longe da mãe, das irmãs...tudo que ela queria, mas era tão que passou tão rápido.
E já  estava na hora de tentar o vestibular...Tentou Psicologia...não passou...Ciências Sociais...História...então, como não tinha condições de custear seus estudos e a Federal foi um sonho que não foi possível, o sonho teve que ficar para trás...
Muitos anos depois, Catarina conheceu um rapaz, que incentivava estudos e sonhos... Surgia então um brilho no olhar e a possibilidade da realização de um sonho que já era dado como perdido. 
Começa uma nova fase...a realização pessoal tão esperada... Primeiro dia de aula, e com as esperanças de uma nova vida...novos amigos...novos conhecimentos...novas satisfações...novos desafios...
No segundo período da faculdade, Catarina teve um grande interesse pela disciplina de desenvolvimento da criança, o que a fez pensar na possibilidade de trabalhar com um público infantil. No terceiro período, descobriu Freud, e como sua inteligência e coragem fez surgir a psicanálise, área pela qual também começou a se interessar, ainda mais pelo professor ser um dos homens mais bonitos que ela já havia visto, o que a motivava ainda mais às aulas. Eram longas reflexões sobre Psicanálise misturadas com profundos suspiros de todas as alunas da sala... Com o passar dos períodos, os freqüentes congressos, colóquios, seminários e convivência com psicólogos de diversas áreas, Catarina se sentiu atraída por ares diferentes...Psicanálise, Avaliação Psicológica, Gestalt, Social, Psicopatologia, Fenomenologia-Existencial, Organizacional, Institucional, Sistêmica... Por diversos motivos, ela se sentia atraída pelas áreas...Encontrou muitas amigas que compartilhavam seu interesse por Psicopatologia, que concordavam em muitas coisas, como o sofrimento das pessoas com transtorno mental, por, além de estarem em sofrimento, são excluídas pela sociedade, discriminadas como cidadãos, o que a chamou muito a atenção, em como poder ajudar no restabelecimento dessas pessoas na sociedade, como pessoas capazes e habilitadas a viver em grupo, partindo de uma cooperação. Surge também em sua trajetória, a Neuropsicologia, como campo de interesse, principalmente articulada às teorias de desenvolvimento da criança. A Avaliação Psicológica também é uma área em que Catarina pensa querer ter um maior conhecimento, com o intuito de buscar uma complementação às outras áreas.
Hoje, Catarina se sente um pouco angustiada, pois semestre que vem já vai ter que optar por uma ênfase para dar seguimento a sua formação, entretanto, por ter diversas áreas de interesse, ainda acha difícil tal decisão, portanto espera fazer a escolha de forma acertiva, sempre em busca de se tornar uma excelente profissional e cumprir com a tarefa que ela se propôs desde o início do curso: se tornar uma pessoa mais humana, para conseguir tentar auxiliar as pessoas em seus sofrimentos, angústias e desamparos psíquicos...com a certeza de ter, acima de tudo, construído um novo caminho, que está repleto de amizades, trocas, confissões, aprendizados, com professores e colegas, alguns bons, outros nem tanto, mas sempre valorizando o que a vida nos traz de mais importante: a valorização do ser humano.


Barriguda sim, mas com muito orgulho

       Meu nome é Angélica Fune de Carvalho. Sou graduada em Pedagogia pela Faculdade UNIFEMM de Sete Lagoas na qual concluí no ano 2007 e Pós-Graduada em Psicopedagogia pelo Instituto Finom no ano de 2008. Escolhi a área da educação, pois sempre me identifiquei pelo ambiente escolar. Por minha mãe lecionar acabei copiando o seu lado inovador, lembro-me que tinha em sua cabeceira de cama os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e quando optei em seguir a área da educação ela me repassou os seus livros. Aprendi muito com minha mãe, com o curso, com os colegas e professores. Posso dizer que o curso de Pedagogia foi o degrau para a minha formação de vida e a partir desse curso; no meio dele; disse que gostaria muito de fazer Psicologia, pois seria um complemento para lidar com os processos e pessoas que estão inseridos na escola.
      
                                                       




  E foi isso que aconteceu, logo que graduei em Pedagogia, cabendo ressaltar que nesse momento estava finalizando a minha pós em Psicopedagogia, então me inscrevi no vestibular de Psicologia pela Faculdade Ciências da Vida – FCV de Sete Lagoas, no entanto passei, e fiz cinco períodos na mesma. Conheci colegas e professores espetaculares, tinha um trabalho chamado interdisciplinar que deixava os alunos assustados, mas no final todos saíam sabendo e a troca de experiências indiscutível.
Estudava a noite nessa faculdade citada acima, sendo assim, em março desse ano tive uma notícia maravilhosa, o resultado de urina comprovara que eu seria mamãe. Que felicidade!!!   E aí meus amigos, a história muda.

                                                          


Como esse ser (Roberto Márcio) precisa de muito amor, carinho, atenção, resolvi estudar de manhã, trabalhar a tarde e a noite passar com a minha amada família. Então, liguei para PUC São Gabriel solicitando a minha transferência. Em seguida veio à notícia excelente, aceitaram. Levei os documentos, fiz o meu quadro de horários, faço disciplina no 3° Período com Professora Rebeca, No 6° com Márcia Mansur, Fabiana, Stella, Cássia e Valéria, 5°  Período com Mônica e Flávio e sem contar as novas amizades no qual eu fiz, Rafaela Jacoe do 5°, Silvia, Girlene, Natalia, Vanessa, entre outros do 6º Período, que gracinha de pessoas.
Obrigada pelocarinho!!                !
    


Meu Bebê está previsto para início de Novembro


 e eu estou muito feliz em tê-lo e muito satisfeita com a compreensão da coordenadora do curso de Psicologia Liza e dos meus professores. Assim sendo, no dia da minha formatura se Deus quiser estará o meu filho na colação e minha amada família.
     Estou muito honrada em estudar na Puc Minas São Gabriel, e muito feliz com a escolha do meu curso. Tenho a convicção que farei a diferença no mercado, pois quero colocar em prática todo o conhecimento adquirido, sabendo respeitar o próximo.


                                                               
 

“Os grandes desafios trilhados na trajetória acadêmica”








"Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar"

 (Charles Jones)




Creio que essa frase de Charles Jones diz muito da minha trajetória acadêmica. Pois é, lá estava eu ingressando em 2008 na Universidade – PUC Minas  no auge dos meus 33 anos, após anos sem freqüentar sala de aula, me percebendo como tão despreparada, mas ao mesmo tempo tão curiosa em saber onde tudo isso poderia dar. ”Qui Treim estranho sô”!!!
E por falar em trem, embarquei nessa viagem em direção a uma “formação em psicologia” ao qual o número da minha “passagem” é o 24º lugar, o que não imaginava era as surpresas que essa trajetória reservara. Ao logo do caminho tenho conhecido os demais passageiros que compartilham do mesmo objetivo, chegar a essa tão “Formação em Psicologia”. Há nesse trem mordomos que nos  “servem” os passageiros, a cada período novos mordomos surgem e nos é oferecido novas “refeições”, umas bem saborosas, outras não tão agradáveis, teve uma que foi exótica, inicialmente não entendia o que ele estava fazendo ali, uma tal de estatística, para muitos foi difícil de engolir .
Mas na medida em que o tempo vai passando posso perceber que todas as “refeições” oferecidas são necessárias, pois promovem o “crescimento intelectual” dos vários passageiros que embarcaram nessa longa viagem. Ao longo da trajetória alguns passageiros desceram, alegando terem embarcado no trem errado, outros vieram de outros trens, e eu continuo ”metralhada” por vários sentimentos, na medida em que o trem movimenta, por alguns períodos pensei que poderia ser arremessada para fora dele, mas sempre apareceu algum passageiro para incentivar a continuar dentro desse amplo trem.
Inicialmente eu pensava lá com meus “botões”, ”eita” “passagem cara”, ”viagem longa”, ”passageiros tal diferentes”, ”alguns alimentos estranhos” (nem o tal do Freud explica.), mas continuo...
Com muita freqüência, os “mordomos” nos apresentam tantas formas de fazer a mesma “receita”, isso é incrível, a diversidade dos saberes, em cada momento essas receitas nos é apresentada com o nome de mestres diferentes (tem cada nome...), parece que a qualquer momento pode “dá um nó na minha cabeça”,uffa...
São eles Freud - Psicanálise / Lacan, Husserl – Fenomeologia , Perls-Gestalt , – Skinner - Behaviorismo e tantos outros, mas todos buscavam um bem comum, compreender os comportamentos humanos, isso é mesmo fascinante, ainda que não concorde de como é efetuado algumas receitas(e nem estou aqui para isso...),mas entendo que é necessário estudar todas as formas para que ao término da viagem eu e todos os demais passageiros possamos executar as nossas próprias receitas, usando ingredientes de outros e formas diferentes mas com o mesmo objetivo  de estudar o comportamento e os processos mentais dos indivíduos.
Essa longa, mas gratificante viagem só terminará em dezembro de 2012, muitas novidades ainda vão aparecer muitos desafios  e alguns obstáculos, mas essa experiência está proporcionando o conhecimento através de “receitas”, e a relação diária com cada viajante e sua subjetividade me faz ter a certeza que irei sair desse trem com a mesma identidade que entrei, mas o aprendizado e as relações estabelecidas me proporcionaram um saber imensurável, o que me faz ficar sem palavras. Vou continuar escrevendo a historia na medida em que o trem percorre os longos trilhos da perseverança. O meu grande objetivo, é aplicar o conhecimento adquirido ao longo dessa  desafiadora viagem para além dos “trilhos” acadêmicos.

os Ermitões e a Psicologia ( percurso formativo)

da  Viviane Alcantara,
              
                              Quando criança eu queria ser...nada! Queria era brincar na rua e jogar bola... responsabilidade era tomar banho, comer tudo e escovar os dentes e futuro era tão real quanto o Saci Pererê, a gente sempre ouve falar mas nunca vê!
                               Mas passa o tempo e o tempo passa...eis que me encontro no "pré-primário", meu melhor ano escolar. Isso mesmo, o Melhor ! Porque nele aprendi a gostar de ler, que é o mais importante. Ler por si só é "defasado", gostar da coisa (leitura) mesmo que o que tenha que ser lido seja um saco, ainda sim, é um exercício divertido. Gostava de ler, dos amigos, das brincadeiras com tinta e argila.
                               Das aulas não gostava muito. Era dispersa, ansiosa, agitada, impaciente e me mantinha atenta aos monólogos dos professores apenas nos primeiros minutos. Pra algumas aulas na faculdades eu continuo assim. Contudo, como já disse, adoro ler. Então, me viro bem, na maioria das vezes, sendo auto-didata. E mais, como disse uma das professoras da facu, quando questionou a minha distração e viu que isso não influênciava nada a "construção do meu saber", apenas complementou "...se você consegue assim, não há problema algum, os professores são em alguns casos dispensáveis...". Lembrando ( falo por mim )que até os dispensáveis acabam se tornando fundamentais...
                                O ensino médio foi o pior. Ou seria eu no meu pior desempenho? Entendam "pior" com  ênfase. Aqui eu pulo, porque esse foi um momento nebuloso da minha vida escolar e já está gravado no meu histórico. ( escola pública, aluna distraída e desinteressada...não há santo que dê jeito!)
                               Passei sem méritos o ensino médio e prestei vestibular para Terapia Ocupacional na UFMG, passei na primeira etapa, e desisti da segunda. Por que Terapia Ocupacional? chutei no último momento da inscrição. Por que desisti? A universidade é pública e os gastos seriam particulares. Na verdade, também me acovardei. E pronto! E no mais não me identificava com nenhum curso específico e pensei se queria mesmo fazer uma faculdade ( o que as vezes penso, mas só as vezes...)
                              E passa o tempo e o tempo passa... casei, tive a primeira filha e fiquei um bom tempo sem estudar. Voltei, estudei, fiz ENEM, tirei ótima nota e ganhei uma bolsa. E... não sabia o que fazer, podendo escolher o que eu quisesse com a nota que tinha tirado, das humanas as exatas. Pensei em Fonoaudiologia, não dava porque na PUC o curso é a tarde ( tinha que trabalhar pra pagar meu material, ué!); Arquitetura, também era à tarde. Assim, não sendo me dado mais tempo para escolher, pulei na barca do Jornalismo, pois já disse, eu gosto muito de ler e por conta, também de escrever. O curso é uma delícia, divertido, cativante, porém estava faltando alguma coisa e pedi transferência... mas para onde meu Deus?! Fiz uma lista. Sociologia, História, Economia, Biologia, e em último caso Psicologia. Em resumo no último dia pra inscrição, abri as grades curriculares e por eliminação e por critérios que não recordo, me joguei de cabeça na Psicologia.
                               A psicologia é um curso interessante ( cabendo aqui variedade ampla de adjetivos e qualificações). Muuuuita informação, muita teoria, muita coisa que eu compreendo e não entendo, outras que entendo e não compreendo, e outras tantas que nem entendo, nem compreendo, mas que gostaria muito esclarescer...
                              As vezes da uma vontade de sair correndo e fazer outra coisa. Pensei um tempo que Economia seria mais coerente (Pô, a gente vive num sistema capitalista!). Mas já que aqui estamos vamos aproveitar a viagem.
                              Pensando, pensando, pensei: não me identifico e nem amo a Psicologia, como descobri que não me identificaria e nem amaria nenhum outro curso. Meu entedimento seguia uma ordem contrária. A psicologia é uma "coisa". Ela não respira, não come, não anda, não ama, não chora, não ri...não sente e nem vibra. É objeto dos mais abstratos. Objeto por objeto é passível e manipulável. É maneira, é forma, é ótica, teoria é pedaço da prática. Não posso amar os objetos, simpatizo e posso até gostar porque sou materialista como qualquer outra criatura que vive atravessada pelo capitalismo. Os objetos são tão úteis quanto inúteis. Tão imprecindíveis, quanto dispensáveis. Com as pessoas é bem diferente e bem mais complicado. E o amor, em dada medida, pede certa submissão e tolerância para com o ser amado. Submeter-se ou tolerar os objetos traz consigo um perigo iminente de valorizar em demasia os objetos em relação as pessoas
                               Hipóteses e especulações a parte, fico com o Veríssimo (O Luiz), que disse em relação a gramática na sua crônica O gigolô das palavras "Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa ! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda."                              Entendo que a Psicologia assim como a gramática é um saber sobre o humano e a sociedade e por isso, também, deve ser submetida a nosso favor e não ao contrário. Nós precisamos estar cientes de quem é que manda!
                              Esta aí a mais importante das descobertas que fiz na Psicologia durante o meu percurso!

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do Rafael Salles

                              Iniciei meu segundo grau em uma escola técnica de informática, mas, logo percebi que não iria muito longe e completamente desmotivado fui reprovado pela primeira vez em minha vida. Passei para uma escola convencional e me formei no segundo grau sem mais reprovações.
                               Me lembro que a primeira profissão que me chamou a atenção era a de taxista, mas, eu era muito pequeno e desisti da idéia rapidamente. Quando com cerca de 12 anos, gostaria de ser odontologista, acho que porque na época eu usava aparelho e freqüentava muito consultório e me identifiquei com a profissional que tratava do meu caso. Contudo, perto de prestar o vestibular a Psicologia me chamou a atenção, também por me identificar com algumas pessoas que eu gostava, também pela possibilidade de ser um profissional liberal. Nunca nem prestei vestibular para outra profissão, e hoje na faculdade percebo que a Psicologia é muito mais ampla do que eu imaginava.        
                              Confesso que me faltou buscar mais informações antes de ingressar no curso, talvez por isso eu tenha passado por uma crise na etapa do quarto período que quase me levou a desistir do curso e mudar de área. O motivo era por uma hipótese de mudar para um curso cujo mercado fosse mais favorável visto que amigos de outras áreas conseguiam colocação no mercado mais tranquilamente. Coincidentemente precisei trancar o curso naquele ano e fiquei o ano seguinte longe da faculdade por motivos financeiros. Ainda por esse motivo pedi transferência de universidade pela possibilidade de fazer menos disciplinas do a que a instituição em que eu estava permitia. A princípio me arrependi, pois, gostava da antiga faculdade e pelo fato de ter atrapalhado toda minha grade. Mas, satisfeito com a nova faculdade dei continuidade ao curso. Depois de três anos como aluno irregular pedi nova transferência, agora apenas de unidade, pois, o curso onde eu estudava estava sendo transferido para o turno da noite. Este é meu primeiro semestre nesta unidade e agora, com mais conhecimento sobre Psicologia tenho certeza de que estou no caminho certo independente das dificildades.
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do Fábio Rodrigues

                               Quando criança nunca pensei em ser nada... tá vai, pensei em ser jogador de futebol, quem nunca sonhou em ser?! Esse sonho, por sorte, ficou para trás logo nós primeiros contatos com o objeto redondo. Péssimo aluno e pouco "popular" desde o pré escolar, penso que a escola passou por mim e não eu por ela, todavia penso também que toda vivência trás aprendizagem sendo ela formal ou não, aceita ou não. Nesse ponto creio que até o fato de não ter me enquadrado aos métodos cristalizados e consequentemente desestimulantes dos estabelecimentos de ensino em que passei ou melhor, que passaram por mim quando criança, já trazem elementos importantes para minha constituição enquanto sujeito.
                               Recém formado graças ao sistema plural (diga-se de passagem), resolvi continuar estudando a princípio mais pela posição social que um graduado detém diante da sociedade do que por qualquer outra explicação cabível. Por que PUC?! Por que Psicologia?! Simples, uma tentativa bem sucedida de estudar perto de casa e fugir ao máximo dos cursos de exatas.
                              Não quero dizer que eu não gosto do curso, de forma alguma, só não sou hipócrita e nem "tapado" o bastante a ponto de achar que nasci pra ser psicólogo, penso que fui levado a condição atual através das relações e vivências até do momento.
                              Depois dessa explicação breve das escolhas e tal, vou falar do meu ingresso na instituição PUC. Após o vestibular que fiz sem pretenção alguma, recebi a notícia que havia passado, se bem pra falar a verdade acho que essa notícia chegou para todos que concorriam a vaga, mas enfim, era o começo da minha vida acadêmica.
                              No começo rolou um choque natural na transição entre ensino médio e ensino superior, agora as coisas não se apresentam tão mastigadas como antes e a autonomia torna-se palavra chave para o bom rendimento nos estudos. Passando as dificuldade de se familiarizar com o ritmo acadêmico nos primeiros dias, a universidade se transforma em algo central nas nossas vidas, preenchendo um momento de liberdade, conhecimento e lazer do nosso dia a dia.
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dos Anjos ( Diego)
 
                            Começarei pela fase escolar que tive antes da faculdade, ela foi divertida, irritante, houve aprendizado, rebeldia, vadiagem, compromisso, irresponsabilidade, responsabilidade, calma, violência, vícios e construção... Resumindo foi uma fase bem agitada eu diria. O fator que influenciou para a escolha da Psicologia foram as maneiras de se comportar do ser humano, como e o porquê nós seres humanos agimos de determinada maneira em situações ou ocasiões diversas.
                            Em janeiro de 2008 estava no meu quarto curtindo a vadiagem de se estar em casa no melhor estilo, que é deitado na cama curtindo um Rock in Roll. Até hoje me lembro do que tocava no velho rádio, tocava nada mais nada menos que Black Sabbath, a música era N.I.B que tem em sua essência satânica as mais belas melodias. Quando os sinos suaram minha mãe me chamou e disse “suas férias acabaram, é hora de voltar a estudar”, nesse momento senti em meu corpo uma sensação que comparo a de um orgasmo.
                            Na PUC me senti muito satisfeito, essa satisfação foi aumentando a medida que eu avançava no curso, pois me deparei com diversas questões a se pensar e construir um conhecimento supremo em vista do que antes eu tinha. Nesse caminho de aprendizado eu reciclei vários conceitos, passei por disciplinas excitantes e confesso que algumas eram e são angustiantes.
                             Nesse percurso tive e ainda tenho alguns pensamentos que rodeiam a minha escolha pela Psicologia, mas ainda não acabou, pois terei disciplinas e digamos professores bem “loucos” pela frente, para questionar e ser questionado. (rarrarararra)
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do Diego Leal

                              Quando criança, quis ser advogado, engenheiro e jogador de futebol. Em minha trajetória escolar, sempre fui péssimo em matérias da área de exatas e, talvez, esse tenha sido um fator que me fez desistir da engenharia.
                                No Ensino Médio, confesso, não era o melhor aluno e também não estava perto de chegar a essa posição. Naquela época, quando chegou a hora de me decidir sobre o meu futuro profissional, tive dúvidas, assim como grande parte dos vestibulandos. Fisioterapia? Comunicação? Ou Psicologia? Com toda essa dúvida eliminei a Fisioterapia, pois tinha muita preguiça da Biologia, mas e agora? Comunicação ou Psicologia? Gostava - e gosto - muito de ambas as áreas. Porém, o sonho da minha mãe em ser psicóloga de certa forma influenciou em minha escolha.
                                Em 2007, bem próximo da conclusão do Ensino Médio, recebo a notícia de minha irmã: “Parabéns! Você passou no vestibular!”. Fiquei eufórico, mas essa euforia virou preocupação, pois meu sonho e de minha família estava ameaçado. Dinheiro em minha casa sempre esteve em extinção, o que poderia inviabilizar minha entrada na universidade.
                                Em 2008, chego à PUC - São Gabriel onde conheço várias pessoas que um dia viriam a ser meus amigos, uma menina que viria a ser minha namorada e várias outras pessoas que não fazem nenhuma diferença na minha vida. No mesmo ano, a dúvida bate à porta novamente e a vontade de fazer Comunicação persiste. Mas em profunda reflexão, percebo que o que eu quero é fazer Psicologia e a Comunicação também, mas em segundo plano.
                                Confesso que muitas pessoas não acreditavam e/ou acreditam em mim, mas estou firme na minha escola e, modéstia à parte, fazendo um ótimo percurso na Psicologia. Em todos esses anos, várias pessoas fizeram parte dessa história, parte da família, amigos, cachorro, Bim... Entre os professores, não tenho do que reclamar, quase todos os tipos de mestres passaram em minha vida: inteligentes, gente boa, sacanas, o que não sabe dar aula, os ausentes, falcatruas etc...
                                Este texto fala um pouco da minha trajetória até agora e sobre aqueles que não acreditavam em mim... Estou chegando! Abraços, garotos e garotas!
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dos Ermitões...