Meu percurso Formativo – Ana Cláudia
Barroso
“Sempre fui
uma boa aluna, nunca dei “trabalho” na escola. Comecei a estudar cedo, fiz 1,2
e 3º período. Da primeira séria do fundamental até o 3º ano do Ensino Médio,
passei por 3 Colégios, sendo 1 deles Municipal e os outros 2 particulares. Hoje
em dia faço faculdade de Psicologia na Puc Minas São Gabriel. Iniciei o curso
no ano de 2008. Antes de ingressar na faculdade fiz um ano de cursinho
pré-vestibular e prestei vestibular apenas para a UFMG, mas não prestei para
Psicologia, e sim Fonoaudiologia. Já no ano em que passei no Vestibular da
Puc-MG, também prestei vestibular na Fumec, para o curso de Engenharia
Ambiental. Passei nos dois processos e estava um pouco em dúvida sobre qual
curso seguir. Alguns me diziam que eu deveria ingressar no de Psicologia, que
era o que eu já vinha falando a algum tempo, e que combinava mais comigo. Já
outros me diziam para optar pela Engenharia Ambiental, com o argumento de que é
a profissão do futuro, que eu seria bem sucedida financeiramente. Decidi deixar
de lado a ambição financeira e optar pela profissão a qual imaginei que me faria mais feliz.
Estou adorando
o curso, a cada período as matérias vão ficando mais especificas, o que dá um
ânimo maior. Estava loucamente a procura de um estágio. Senti necessidade de
ter um maior aprendizado extra-classe, além de poder ajudar na renda familiar,
mesmo que a remuneração não seja boa. Estava a poucos meses enviando
currículos, mas já fui chamada para aproximadamente 5 a 6 processos seletivos, mas
consegui comparecer a apenas 3 processos. Alguns não pude ir, pois o horário de
trabalho não era compatível com meu horário disponível, outro por estar
viajando. A disputa é acirrada entre os estudantes, muita concorrência. Sinto
que minha falta de experiência atrapalha na hora da escolha do estagiário.
Recentemente consegui a tão desejada vaga. Iniciei o estágio na Script RH, uma pequena empresa
de Consultoria e Recrutamento e Seleção. Já percebi que tenho muito que
aprender. Não vai ser fácil, mas com certeza irá valer a pena. Tenho muitos sonhos e expectativas para o
futuro, dentre alguns destes sonhos estão poder contribuir com dinheiro em
casa, afinal meu pai esta gastando e sempre gastou muito dinheiro com minha
educação; poder conhecer novas culturas fazendo viagens e estudando; e
principalmente me sentir bem sucedida profissionalmente. Sei que sou que sou capaz, e juntamente com a
ajuda das pessoas que me amam e de Deus, tudo dará certo.”
“A
minha trajetória ate os 19 anos está diretamente relacionada a uma cidade do
interior de Minas, onde cresci com meus pais e uma irmã. Fiz muitas amizades e
algumas cultivo ate hoje. Foi la inclusive, que conclui ate o ensino médio e
fiz minha escolha pelo curso de psicologia.
Porém para que o desejo se tornasse realidade, foi decidido em família que
o melhor para todos era que nos mudássemos para um local que pudesse atender
mais satisfatoriamente as nossas necessidades, incluindo melhores ofertas de
trabalho e estudo. Nos mudamos com uma coragem, que invejo ate hoje, quando
relembro essa história.
Como toda mudança, houve um período de adaptação e busquei me apegar as
coisas boas que estava descobrindo. A nova casa, as novas amizades, as aulas do
cursinho pré vestibular, as festas, e ate mesmo a cidade. Quando a aprovação do
vestibular chegou, a familia inteira ficou muito feliz, estudar foi o principal
motivo que me trouxe à B.H. e naquele
momento ele estava se concretizando.
A entrada na faculdade me proporcionou experiências enriquecedoras e
desafiantes. Hoje, quando penso no futuro vejo que há muita coisa a ser feita ,
tanto na vida pessoal e profissional. Quero conquistar meu espaço no mercado de
trabalho e sei que meu percurso na faculdade está de fato relacionado ao
sucesso que almejo futuramente. Alem do compromisso de poder “devolver” todo
carinho e esforço aos quais minha família vem depositando em mim.
Referente ao passado, percebo o quão
ele foi importante para que chegasse onde estou. A forma como o sujeito se
relaciona, e com quem, são marcas importantes na constituiçao do ser humano. E
Eu tive a sorte e o prazer de sempre ter
ao meu lado pessoas muito especias -cada qual a seu jeito- tanto em relações mais antigas, quanto nas
mais recentes, que me apoiaram em minhas decisões e compartilharam dos meus
momentos de felicidade e de frustação.
No mais, estou muito contente com a escolha do meu curso e espero
princialmente daqui pra frente, no qual as materias são mais específicas, me
aprofundar ainda mais, porém sem a pretenção de que esse conhecimento se esgote,
mas sim de continuar sempre em busca e que cada sonho realizado dê lugar a
outro ainda almejado. “
Nedina Pereira
“Para falar a
verdade, antes de entrar para o cursinho eu não estava tão animada a entrar na
faculdade, não. Tinha vontade, mas não aqueeela vontade. Então... durante o
cursinho eu despertei pra vida e passei a entender tudo o que eu já tinha
aprendido na escola e percebi que se tivesse estudado muito, prestado atenção
em tudo que o professor explicava em sala de aula, não haveria necessidade de
fazer cursinho porquê tudo que eles ensinaram lá, eu já tinha visto no colégio
(kkk).
Então, em 2006
ainda cursando o 3° ano, iniciei o cursinho e tentei física na UFMG. Não
passei, mas valeu a experiência. No ano posterior, tentei biologia ainda na
Federal e não sabia qual curso escolher para fazer na PUC, pois só tinha
ciências biológicas pra dar aula, e eu não queria. Então, o único curso que me
interessava era Psicologia. Antes de escolher o curso, me angustiava muito,
pois não sabia qual caminho seguir. Pedi muito a Deus que me ajudasse creio que
ele me ajudou.
Entrei de
gaiato no navio e foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Não tinha
informação nenhuma sobre o curso e fui descobrindo durante as aulas a beleza e
sensibilidade da psicologia. A minha maneira de ver o mundo tomou outra
proporção, agora, mais ampla da complexidade da vida humana. Minha experiência
na faculdade tem sido muito gratificante.
Agora mais do que nunca, estou pensando em formas de investir mais ainda
na minha formação, decidir qual ênfase fazer e dar continuidade no processo de
descoberta da psicologia que nunca cessa, pois cada indivíduo é um desafio
diferente.”
Jéssica
Silva
“Toda
a vida estudei em escola particular e sempre fazia parte de teatros que
aconteciam na escola. Todo ano tinha eleições no colégio; na 2ª série fui
eleita vereadora e na 4ª série, fui vice-prefeita. Ganhei um concurso sobre
drogas na 4ª série e fui monitora de todas as matérias.
Em
julho de 2004 me mudei para Belo Horizonte. Fiz um teste para estudar no
colégio Magnum e começando as aulas em agosto, fui muito bem recebida pelos
mineiros. Apesar de ter sido muito difícil a mudança, a adaptação foi super
rápida e como eu digo, em Goiás só volto para passear e ver família, pois gosto
muito de Minas Gerais.
Concluindo
o ensino médio em 2007, com algumas dificuldades em matérias exatas, chegou a
época do vestibular. Apesar de ter feito orientação profissional no colégio
mesmo, não levei muito a sério pois já estava decidida do que eu queria: A
Psicologia, influência de tia? Quem sabe... Infelizmente não estudei o
suficiente para passar na UFMG, porém fui aprovada na FUMEC e na PUC. Sem
pensar duas vezes, escolhi a PUC e ingressei na vida universitária em fevereiro
de 2008 com 18 anos.
Tudo muito novo, de mudanças e aquele clima de universidade um tanto quanto diferente da época de escola, porém adorável, conheci pessoas maravilhosas e amigas que eu sei que são eternas, bom, assim espero. O 1° período, como de qualquer outro curso não foi muito atrativo, mas a partir do 2° período muita coisa começou a mudar. No decorrer dos períodos as matérias ficaram e estão ficando mais interessantes, devido principalmente a área que tenho grande interesse, Psicologia Organizacional, se tornar mais presente.
No
estágio supervisionado do 2º Período, meu grupo deveria marcar entrevista em
diversas áreas de atuação do Psicólogo, para que pudéssemos conhecer mais o
campo de atuação da Psicologia.
Assim,
entre os lugares visitados, um me chamou atenção: A Associação Escolar Comum
Viver. Esta é uma escola voltada para pessoas portadoras de necessidades
especiais. Como lá sempre precisa de voluntários, fiquei muito interessada e em
outubro de 2008 comecei a realizar um trabalho voluntário na sala de artes da
escola, auxiliando a professora. Em fevereiro de 2009, a coordenadora da escola
me chama para conversar perguntando do meu interesse em ficar em uma sala de
aula com cinco autistas. Apesar de já conhecer os meninos autistas, sabendo que
não seria fácil por ser uma sala bastante agitada e agressiva, decidi aceitar,
pois sabia que a experiência seria única.
Sempre
há um remanejamento de professores na escola para evitar que os alunos tenham
apenas uma referência, então, em julho de 2009 na reunião de professores fui
para uma outra sala, que havia sete excepcionais, dentre eles, alguns
epiléticos. Apesar de ser uma sala bem mais tranquila, com pessoas carinhosas e
sem agressividade, muitos deles diariamente tinham convulsões, o que me deixava
um pouco assustada, porém, nada que impossibilitasse de continuar na sala.
Apesar
de ser um trabalho muito gratificante, de ter contribuído muito para a minha
vida pessoal e profissional, pensei que já estava na hora de procurar uma outra
área da Psicologia para que eu pudesse conhecer, uma vez que eu tinha tido a
experiencia de trabalhar na a área educacional para excepcionais por mais de 1
ano. Assim, em fevereiro de 2010 decidi sair da Associação Escolar Comum Viver,
ficando apenas até o final do mês pata treinar a pessoa que entraria no meu
lugar.
Não
sei o motivo, mas sempre me imaginei trabalhando em empresas e acho muito
interessante o clima organizacional, então, decidi em março de 2010 fazer um
curso de Recrutamento e Seleção para facilitar a minha entrada no mercado de
trabalho. Feito isso, comecei a enviar currículos para as oportunidades de
estágio que apareciam no Sga. Inicialmente, procurei por estágio apenas na área
de Recursos Humanos que é o meu grande interesse, mas com a dificuldade de
participar das últimas etapas dos processos seletivos, comecei a encaminhar
currículo para outras áreas também.
Apesar de ter passado em um estágio para psicologia social, pensando muito,
decidi recusar pois não era a área que eu queria estagiar.
Feito
a escolha, continuei mandando currículo, até que consegui chegar na final de um
processo seletivo de uma empresa, a SOS Educação Profissional. Apesar de
demorado e várias etapas de processo, finalmente consegui. Em junho de 2010
comecei o treinamento na empresa e em julho comecei efetivamente, ficando em
duas unidades: a de Venda Nova e a outra em São Benedito.
Desde
então, estou atuando na parte de Recursos Humanos da SOS Educação Profissional,
com o programa da SOS Oportunidades: Encaminhamento e orientação dos alunos ao
mercado de trabalho.
Como
falo com algumas pessoas, a minha passagem por vários processos seletivos está
sendo de grande valia para a minha atuação no SOS Oportunidades. É uma área que
tenho grande interesse, principalmente, em permanecer.
Muitas expectativas para o futuro,
porém, a primeira delas é a minha formação em Psicologia. Tenho muita vontade
em permanecer na área da Psicologia Organizacional, para isso, pretendo viajar
e fazer minhas especializações fora do Brasil (que é um sonho), conhecendo
novas culturas, aprimorando o Inglês e estudando a área de interesse,
principalmente. Com apoio da família, minha força de vontade e Deus, espero ser
uma profissional realizada e bem sucedida.”
Isabella
Barbosa
Meu nome é
Andréia Marques de Oliveira, tenho 20 anos e uma das lembranças que tenho em
relação às minhas expectativas para o futuro é que sonhava quando criança em
ser médica pediatra, com o passar dos anos fui percebendo que não era
exatamente o que eu queria, gostaria sim de trabalhar na área da saúde mas não
necessariamente através da medicina. No ensino Médio comecei a pensar na
Psicologia por me identificar com a profissão e por acreditar que esta é cheia
de conteúdos interessantes que me chamaram muita atenção. No ano de 2007
prestei vestibular e tinha a certeza do curso que queria seguir, fiz 1 mês de
cursinho pré-vestibular super intensivo e então fui aprovada na PUC, Newton
Paiva e FUMEC, porém também havia prestado vestibular na UFMG, onde
infelizmente não fui aprovada.
Com
o início do curso passei por uma fase de dúvidas em relação à Psicologia, mas
já no 2º período começaram algumas matérias mais focadas na área e meu
interesse retornou. Hoje, apesar de gostar de várias áreas, penso em seguir a
carreira em Recursos Humanos, onde consigo me ver melhor atuando como
Profissional. No curso de Psicologia fiz também algumas amizades que quero
carregar por toda vida.
Uma
de minhas conquistas nessa fase da minha vida foi quando consegui tirar minha
carteira de motorista, o que hoje garante uma parte da independência que
consegui alcançar.
Atualmente,
trabalho na empresa da minha família na área da Contabilidade, há mais de um
ano, onde passei pelos cargos de recepcionista, auxiliar de departamento
jurídico e auxiliar de departamento financeiro (atual). A empresa foi
constituída um ano antes do meu nascimento, por esse motivo ela faz parte de
inúmeros momentos da minha vida desde o dia-a-dia (quando minha mãe me levava
para o trabalho para passear e quando tínhamos que ir ao médico) até eventos e
comemorações que com certeza ficaram sempre marcados em minha trajetória.
Agora, dentro da empresa, partindo de outro ponto de vista, pois agora faço
parte dela como integrante posso dizer que este trabalho me trouxe muito conhecimento
e várias experiências que contribuíram para o meu crescimento pessoal e
profissional, pois tive a oportunidade de aprender sem medo de errar, pois,
muitas pessoas estavam ali para me ajudar. Também participei de alguns
processos de recrutamento e seleção que me fizeram ter uma visão mais
aproximada da área e despertou meu interesse.”
Andréia Marques
Olá Ana Cláudia, Nedina, Jéssica, Isabella e Andréia,
ResponderExcluircomo vocês mesmas disseram, ao mesmo tempo em que apresentam um percurso individual ele nâo deixa também de ser um percurso coletivo, pois as histórias de vocês, além de nos mostrarem um pouquinho de cada uma, trazem também as determinações históricas da época em que vocês vivem. Assim, foi interessante ver em todas as histórias do grupo, a forte concepção da formação em constante transformação. É isso aí garotas, o mundo contemporâneo evidencia a velocidade de transformação e produção de conhecimento. Dessa forma, a formação é sempre inacabada... Cabe a nós sempre transformá-la e criar novos saberes e práticas no nosso campo que deem conta da complexidade desse mundo.
Foi um prazer ler as histórias de vocês.
Grande abraço,
Valéria e Cássia