FOI ASSIM QUE TUDO COMEÇOU... Tudo diferente!
ERAM CANTINHOS DIFERENTES,,,UMA DE BEM LONGE, LÁ DE MATOZINHOS. OUTRA VINDO LÁ DO CANTINHO DE SABARÁ E OUTRAS DE BAIRROS BEM PERTOS E BEM DISTANTES DA PUC SÃO GABRIEL, MAS TODAS DE "BEOZONTE".TIVERAM ESTAS, INFÂNCIAS DIFERENTES, FAMÍLIAS DIFERENTES, NAMORADOS DIFERENTES, ENCONTROS E DESENCONTROS DIFERENTES, ALEGRIAS DIFERENTES E TRISTEZAS DIFERENTES E...
ENFIM UM CAMINHO EM COMUM!
COMO UMA COLCHA QUE SE COSTURA, COMEÇAM OS RETALHOS A SE ENTRELAÇAREM!!! E ENTÃO....
...Eis que surge uma idéia de psicologia na cabeça dessas moças...mas o restante nas próximas cenas
Aguardem!!!
Com o apoio da minha mãe e da minha prima Telma que está formando agora em psicologia, veio a vontade de fazer faculdade. Da vontade de ter uma profissão, a paciência de escutar e aconselhar, surgiu a vontade de me graduar em Psicologia, embora esta não venha à aconselhar. Com a orientação vocacional, veio a certeza de querer ser psicóloga.
A incerteza de conseguir realizar este sonho vinha com a dificuldade financeira, que logo foi resolvida quando ganhei a bolsa do PROUNI. Então entrar para a faculdade era o começo da realização do sonho.
No começo algumas disciplinas mais teóricas, um pouco afastadas da Psicologia me desanimaram, mas à medida que fomos avançando e vendo disciplinas mais específicas, a paixão pelo curso e a vontade de aprender mais, foi só aumentando.
Fazendo estágio extra-curricular desde o 5º período, surgiu a incerteza de querer fazer Psicologia, pois meu estágio no CRAS é totalmente social, e não tem tanta coisa bem focada da Psicologia, então me deu vontade de fazer Serviço Social, o que era uma opção no meu teste vocacional.
Mas fomos caminhando e até aqui vejo como mudou a minha percepção a respeito do que é a Psicologia. Antes eu pensava que era só clínica, e agora vejo que a Psicologia está em todos os lugares (inclusive no CRAS) e é muito mais ampla.
Agora com os estágios curriculares, no PAM e na clínica, percebi o quanto é bom atender, que psicologia é sim a profissão que quero e que cada vez mais me encanto por ela.
Cada disciplina traz uma experiência, um aprendizado, tanto teórico quanto prático. E tudo que vimos da prática do psicólogo até aqui e ainda veremos será uma base muito boa para sairmos da faculdade bem preparados para o mercado de trabalho que nos espera.
NAYRE GONÇALVES SILVA
Tudo começou em outubro quando soube do período de inscrição para o vestibular da PUC Minas. Então corri e fui olhar como era, se tinha só uma etapa, o que caía na prova, pois já se faziam quatro anos que eu não olhava para os cadernos. Fiquei atenta para o período de inscrição, e comecei a estudar em casa. Quando ficaram sabendo que eu fiz inscrição para o vestibular, falaram que eu não iria passar, pois se já era difícil para quem estudava seis meses, imagina para quem não vai estudar nem um mês direito. A prova seria no meio do mês de novembro. Mas insisti e fui. Fiz a inscrição e continuei estudando. Quando chegou o dia da prova, fui e fiz a prova, com fé em Deus que eu iria passar. Depois fiquei muito ansiosa para pegar o resultado.
Quando fui olhar a relação de aprovados e olhei meu nome, nem eu mesma podia acreditar eu tinha passado. Imprimi a folha e fiquei olhando para ela um bom tempo, a alegria foi muita.
Fiz todas as etapas e quando começou as aulas, estava igual a uma criança de tão alegre. Cheguei, sentei e fiquei observando a sala de aula e pensando: eu passei!!!!
Logo no primeiro período, era tudo muito novo, tinha tantos Xerox, texto para ler, ficava igual a uma barata tonta. As meninas dos períodos à frente, foram na sala, conversaram um pouquinho e foram embora. Então chegou o professor de estatística e eu pensei, "tô ferrada", não gostava de matemática e agora me deparo com a tal da estatística. Foram passando os dias e deu tudo certo, consegui vencer mais uma etapa, uma barreira: ela, a estatística. A cada período, algo novo, novas matérias, novas experiências, o laboratório com a professora Kátia, onde a vimos matar uma rã, o laboratório com a TITA e os ratinhos e tantos outros.
Hoje estou no sexto período e é mais um que eu venço com muito esforço, procurando melhorar a cada dia, para chegar até o final e conseguir me formar e mostrar para todos que não acreditaram em mim que eu iria passar, que eu consegui. Que eu cheguei até o final com muito esforço e confiança em Deus, pois ele junto com a minha mãe foram os únicos que acreditaram em mim.
ZILMARA MOREIRA DE ARAÚJO
DIREITO OU PSICOLOGIA?
Minha trajetória formativa começou com muitas incertezas e aquela
insegurança da idade (adolescência).
Antecedentes
Durante o ensino médio comecei a pensar na profissão que queria seguir. Meu pai queria que eu escolhesse aquela profissão que sempre me daria êxito financeiro, como Medicina e Direito. Já minha mãe e minhas amigas diziam para eu escolher qualquer uma, sendo da área das exatas por causa das minhas notas e da minha habilidade com está área. No último ano do ensino médio (2007) fiquei em dúvida entre Direito, Administração e Medicina. Pensei... E optei por Direito. Chegada a época do vestibular, meu pai queria que eu também tentasse a PUC e eu só queria tentar a UFMG, afinal eu não estava me preparando para nenhum vestibular, queria apenas curtir meu último ano no colégio. Que falta de maturidade a minha!
Quando entrei no site da PUC para fazer minha inscrição lembro que procurei os cursos de graduação da PUC São Gabriel que tinham duração de 5 anos com exceção do Direito, pois este curso eu só faria na UFMG. Foi aí que apareceu Psicologia e Engenharia da Computação. Dentre as duas optei por Psicologia.
Em janeiro de 2008 vieram os resultados de minhas escolhas e atitudes. Não passei em Direito pela UFMG mas passei em Psicologia pela PUC. Teria que decidir entre fazer um ano de cursinho pré-vestibular para tentar a UFMG novamente e cursar Psicologia. E depois de tantas orientações com Deus escolhi a segunda opção.
Cursando Psicologia
No 1º período tivemos as disciplinas: Antropologia, Estatística, Filosofia I, Fisiologia, História da Psicologia, Neuroanatomia e Psicologia, Ciência e Profissão. E eu me identifiquei apenas com a Estatística (será porque hein?). Achava a Fisiologia e a Neuroanatomia muito interessantes mas senti dificuldades memorizar o que estas traziam. Quanto as outras, não tinha interesse por nenhuma. Ficava me perguntando por que não optei pelo pré-vestibular? Sentia que meus 17 anos não me tornavam madura o suficiente para estar em uma faculdade.
E no 2º período não foi diferente. Dentre Bases Epistemológicas da Psicologia, Estágio Supervisionado I, Filosofia II, Neurobiologia, Sociologia, Teorias do Desenvolvimento da Criança e Teorias Existenciais Humanistas I eu só me identificava com a do Desenvolvimento da Criança. E não via a hora das férias chegarem.
Já no 3º período, após as férias de dezembro e janeiro, cheguei diferente. Passei a forçar meu interesse e deu certo. Gostava de todas as disciplinas exceto Teorias Existenciais II, mas nem por isso deixei de acreditar que com ela eu me tornaria uma profissional competente. Comecei a mudar minha forma de ser, de pensar, de agir. Foi nesse período que eu senti que aquela Vanessa imatura estava ficando para trás.
Nos 4º e 5º períodos fui me superando cada vez mais. Conquistei meu espaço. As verdadeiras amizades permaneceram. Aprendi a lidar com o próximo. Escrevi artigos, projeto de pesquisa, me superei em cada apresentação de trabalho. Aquele medo de falar, de expressar ficou perdido no 3º período. Estava preparada para novas mudanças que a Psicologia estava me oferecendo.
Hoje, no 6º período posso afirmar que fiz a escolha certa. A partir do momento em que pude por em prática as teorias que aprendi em sala percebi o quanto eu ME agradeço por ter continuado neste curso. Apesar de existirem disciplinas que eu AINDA não me identifico sei que todas que constam no meu currículo contribuirão com êxito para minha formação acadêmica.
São tantas escolhas a fazer, são tantas áreas em oferta, são tantos caminhos a trilhar que sinto medo de fazer uma escolha equivocada, mesmo tendo a experiência de ter escolhido um curso que não fazia tanta questão e que hoje eu sou apaixonada.
Atualmente me identifico com a Psicologia Social mas minha vontade maior é me especializar em Psicologia Criminal. Gosto também das áreas de Avaliação Psicológica, Educação, Hospitalar, Desenvolvimento Humano. Como meu percurso ainda não acabou, posso mudar de idéia a qualquer momento. O importante é que quero ser uma psicóloga que trabalha com Ética, Gestão e Cuidado.
VANESSA EVELINE FERREIRA
O momento de incerteza veio no auge dos meus 16 anos, final de 2006, em que eu vi que o terceiro ano se aproximava e que eu teria que fazer uma decisão sábia que iria mudar a minha vida.
No 3º ano, me sentia mais confusa, gostava de tantas coisas, Pediatria, Veterinária, Odontologia, Enfermagem, Farmácia, mas ainda nunca havia pensado na Psicologia. E durante esse ano todo eu conversava com pessoas que falavam o que tinha mais a ver comigo. Algumas pessoas falaram pra eu fazer Orientação Profissional no colégio que eu estudava. Mas eu fiz mesmo foi pela internet. Eu tinha medo de escolher a profissão errada. E nos diversos testes que fiz na iinternet, sempre saia Psicologia. Até que as datas dos vestibulares foram se aproximando. Na Newton Paiva eu fiz inscrição para Enfermagem, na UFMG Farmácia e na PUC, Psicologia, pois eu tinha paciência e gostava de ouvir as pessoas. Por vontade da minha mãe eu faria Enfermagem, até porque foi um curso que ela sempre quis pra ela. Mas a minha vontade prevaleceu, escolhi assim a Psicologia.
No Curso
No primeiro período eu não gostei de nenhuma matéria, e me perguntei por diversas vezes o que eu estava fazendo neste curso. Aliás, achava que não tinha nada a ver comigo.
No 2º, gostei de Desenvolvimento da Criança e criei uma “antipatia” (não sei por que) pela Humanista I. Tinha preguiça dessa matéria e as aulas eram um tédio.
No 3º período, já comecei a gostar de tudo, mas ainda a preguiça pela Humanistas reinava. Essa antipatia criada não teve motivo algum. Não gostava, mas tive que lidar com ela.
No 4º período, ah o período gostoso! Tudo foi bom demais, todas as matérias foram boas. Fui me superando. O medo de falar em público sempre me perseguiu, era uma pedra no meu caminho. Era apavorante. Mas neste período mesmo com isso tudo, fui tentando me superar. Claro que o processo de superação não é de um dia para o outro, mas, eu sei que esse período foi o grande marco para minha superação pessoal.
No 5º período fui me superando mais. E me apaixonei pela Neuropsicologia. Eu tinha gosto desta matéria, era uma matéria que me fazia ter vontade de aprender cada vez mais. Foi a área que mais marcou nestes 2 anos e meio de curso. Ahhh ! Não posso esquecer também que foi neste período que eu e meu amor(Diego Leal) oficializamos a nossa união. União esta que também só me faz crescer.
Hoje, no 6º período sei com absoluta certeza que a melhor escolha foi a Psicologia. Fazendo estágio intermediário no PAM e na Clínica de Psicologia da PUC, fui colocando tudo que aprendi na teoria em prática. E fui me apaixonando cada vez mais por esse curso.
Tenho quase certeza absoluta que seguirei a área de Desenvolvimento Humano, trabalhando com Gestão e Cuidado. Ainda não me prendo a nada. Estou conhecendo tudo que há de novo. Quem sabe mudo de idéia, mas por enquanto é isso que me agrada.
THAIS MARTINS ARAÚJO
E EIS QUE UMA PENSOU EM FAZER ATÉ MEDICINA..
“O tempo passa e um dia a gente aprende
Hoje eu sei realmente o que faz a minha mente
Eu vi o tempo passar vi pouca coisa mudar
Então tomei um caminho diferente...”
Hoje eu sei realmente o que faz a minha mente
Eu vi o tempo passar vi pouca coisa mudar
Então tomei um caminho diferente...”
Cidade de Matozinhos
São com estes versos da música Senhor do Tempo do Charlie Brown Jr. que me proponho a fazer as reflexões iniciais sobre a minha trajetória acadêmica, para descrever um desejo e um longo caminho a percorrer para a realização deste. Não sei bem dizer bem quando aconteceu a escolha pela psicologia. Só sei que meu desejo desde os tempos de infância era o de me tornar médica para orgulho e admiração de minha família. Mas recorrendo à velha e boa memória, rememoro fatos de minha infância, que acredito terem me ajudado à condução deste caminho antes mesmo de que me desse conta disto.
Lembro-me que desde pequena era sempre considerada a mediadora, a mais centrada, a mais correta. Era sempre buscada para ouvir os desabafos da relação pais e filhos, namorados etc., sempre com a paciência de tentar mediar pequenas brigas que aconteciam. Ao longo da adolescência mantive esse mesmo comportamento, sendo sempre solicitada por meus irmãos a resolver desde pequenos a “grandes” probleminhas (relações entre marido e mulher, filhos rebeldes), sem nem mesmo saber o que era a tal psicologia e nem cogitar essa profissão até então. Sempre fui apaixonada pelas pessoas e suas histórias, e era imenso o meu desejo de ajudá-las, por isso acreditava ser a medicina a mais correta das escolhas. Nem em meus doces sonhos imaginaria, onde tudo isto iria me levar.
Concluí o meu ensino fundamental aos 13 anos e o médio aos 16 e algum tempo depois tentei o vestibular para Medicina na UFMG, e para falar a verdade não me empenhei muito nesta tarefa, e por isso não obtive sucesso. Outra tentativa foi feita no ano seguinte, sem novamente obter êxito. Sempre fui exemplo de aluna e de notas boas, e entrei na escola mais cedo, pois aprendi a ler e escrever aos cinco anos de idade. Mas desde sempre o que mais me incomodava, e até hoje ainda me atormenta é a timidez e um grande medo. Medo? Não me pergunte de quê, pois ainda não sei a resposta, esta questão estou guardando para uma futura terapia.
Mas o fato é de que após muitos anos trabalhando como baby siter na casa de minha irmã, vendo que o tempo passava cada vez mais rápido, fui muito incentivada por minha família a fazer o ENEM e então fazer a tão sonhada faculdade. Sem grandes expectativas de obter sucesso, pois estava há muito tempo longe dos estudos, fiz a prova e como me saí bem, me candidatei a uma vaga do PROUNI porque existia também uma dificuldade financeira já que sem possibilidade nenhuma de conseguir pagar um curso, o jeito era tentar alternativas para realizar meu sonho. As possibilidades de escolha devido à minha pontuação se resumiam a fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia, e não sei dizer por que tomei a decisão de fazer a psicologia, mas talvez inconscientemente já soubesse ser esta a escolha mais acertada. A partir daí começava uma peregrinação por documentos e idas à PUC e ainda tentativas de conseguir vaga no transporte gratuito da prefeitura.
Para minha alegria, de família e amigos lá estava eu no primeiro período de psicologia da PUC São Gabriel. Ao entrar na sala me deparei com uma turma jovem e entre eles, eu, no auge dos meus 31 anos, senti então uma pequena angústia por ter desperdiçado tanto tempo, mas apesar de tudo, existia ainda o meu sonho, e como os sonhos não envelhecem, o jeito foi adaptar-me, me esforçar e resgatar o tempo perdido. Nos primeiros períodos tivemos diversas disciplinas: Antropologia, Estatística, Filosofia I, Fisiologia, História da Psicologia, Neuroanatomia, Psicologia, Ciência e Profissão, Bases Epistemológicas da Psicologia, Estágio Supervisionado I, Filosofia II, Neurobiologia, Sociologia, Teorias do Desenvolvimento da Criança, Teorias Existenciais Humanistas I, dentre outras, mas eu me identifiquei mais com as disciplinas de Fisiologia, Neurobiologia, Desenvolvimento da Criança, talvez fosse ainda um resquício da medicina?
Acho que foi após a participação já no segundo período, do Projeto Rondon, onde viajei para o norte de Minas Gerais, para uma cidadezinha, Padre Carvalho, que me dei conta de que a Psicologia foi a escolha mais acertada, ao ver quão era o imenso campo de atuação que estava me aguardando.
Acho que foi após a participação já no segundo período, do Projeto Rondon, onde viajei para o norte de Minas Gerais, para uma cidadezinha, Padre Carvalho, que me dei conta de que a Psicologia foi a escolha mais acertada, ao ver quão era o imenso campo de atuação que estava me aguardando.
Fazendo divulgação da rua de lazer e do projeto |
Hoje, no 6º período posso afirmar com certeza de que fiz a escolha certa. Mas sem desconsiderar a possibilidade de ainda fazer uma segunda graduação, agora em Medicina
Atualmente me identifico bastante com a área da Neuropsicologia e com a Psicologia Social, mas acredito ainda não estar decidida quanto a meu futuro. Mas com certeza a ênfase Cuidado vai constar no meu currículo, mas sem negar contanto a importância da ênfase Gestão. Porque uma formação de cunho generalista permite a nós futuros profissionais, sermos operadores do cuidado: acolhendo, formando vínculos e também gerindo, administrando esses espaços, essas redes de conversação a fim de quê possamos construir laços interpessoais, pautados no vínculo e na confiança mútua; como um modo de estar-em-comunhão, gerindo a nós mesmos. Fazendo a gestão do cuidado.
SILVIA MARIA DE AVELAR SOUSA
Sonhos que podemos ter e sonhos que podemos ser...
E depois de muito conto continuo então com o meu relato, por último mas não menos importante... Foi mais um outro caminho conquistado e de muita luta. Caminhar e seguir em frente quando se tem uma vontade é o mais importante. Estudando numa escola pública e maravilhosa, decidi pelo ensino médio a continuar estudando.
Minha infância foi com minha mãe grande parte dela, até que depois a família foi crescendo. Sempre fui a filha mais velha e a cuidadora - segunda mão dos outros, por apegar demais às pequenas. Trabalhei numa escola infantil por aproximados 5 anos, local que me gerou grandes ensinamentos. Comecei cursos extras na própria escola a fim de tentar Federal no ano de 2007...sonho desfeito após resultado da primeira chamada, lembrando que na Federal ia tentar Psicologia. Tentei no mesmo ano o ENEM para PSICOLOGIA, PEDAGOGIA, NUTRIÇÃO, DIREITO. E mais uma vez nada. Tentei no mesmo ano o vestibular PUC MINAS para PSICOLOGIA, até que um dia o resultado e a surpresa da aprovação.
Bom início foram muitas incertezas como dito por todos, não sabíamos andar nem nos blocos direito. Veio a tal da Neuroanatomia com um mundo de nomes de ossinhos diferentes de todo corpo, veio a tal da Fisiologia onde víamos um monte de funções dos órgãos - uma tal de sinapse e etc; veio ainda uma Estatística nos fazendo pirar de tantos cálculos e muita dificuldade em aprender.
E como surpresa o que não sabíamos até então, era que isso tudo vinha como uma colcha de retalhos, onde cada pedacinho de conhecimento fora se costurando a outros e a outros. E não é que a tal da Neuropsicologia surgiu, se unindo da Fisiologia com Neurobiologia. E vimos a Estatística sendo aplicada nos testes e na tão falada Psicometria. E foram vindo as Filosofias se costurando a um monte de coisas. E assim os conhecimentos foram surgindo, e as habilidades, idem.
A diferença veio surgindo a cada período, parece um crescimento pessoal e social também. Mudamos o jeitinho meigo antes e inibido, passando a querer ser mais questionadores...Nisso os muitos porquês???????? surgiram
Com o decorrer do curso surgiram o interesse maior pela prática e a ânsia do primeiro estágio extra curricular...Êita dificuldade danada viu! Como foi difícil caminhar até aqui onde cheguei... A caminhada parecia longa, mas com um túnel de esperança bem lá no fundo. E eram entrevistas em todo canto, e em muitas delas vários alunos da sala como concorrentes...e nessas trajetórias pensando no cuidado com a profissão futura.
E a caminhada continuou, até que fomos iniciando os estágios curriculares como no Raul Soares em Psicopatologia. Estágio no PAM - Padre Eustáquio. Estágio na Clínica da PUC. E a preocupação com a gestão de nossa carreira, sendo percorrida então, gerindo e cuidando de tudo, pensando na atuação futura.
No 5° período bem no finalzinho das férias de julho, surge um estágio extra curricular, que vem contribuído e muito, juntamente com os demais que faço, para minha formação profissional. Iniciei estágio no Hospital Life Center no departamento de Apoio ao Cliente (trabalhamos com a escuta dos pacientes, que são os clientes). Isso vem gerando uma oportunidade ótima em minha vida, tenho aprendido cada vez mais a ESCUTA e a IMPORTÂNCIA DE TODO UM TRABALHO INTERDISCIPLINAR. Mais uma vez se confirma o que nos fora dito a todo tempo que o sujeito é um ser BIOPSICOSSOCIAL - o médico não pode se preocupar apenas com o físico e medicar, temos de pensar que esse mesmo sujeito necessita ser escutado em suas necessidades. Lembrando que não temos ali num leito do hospital "o paciente oncológico - mas que temos também o senhor Joãozinho que teve uma vida inteira e uma trajetória percorrida". É necessário então se resgatar a IDENTIDADE do sujeito enquanto pessoa.
Venho percebido que HOJE no ano de 2010 sou muito diferente do que era no primeiro período lá em 2008. E não percebo essa mudança apenas em mim, mas no conjunto da turma como um todo, e essa mudança é necessária a todos nós. Hoje minhas falas são mais contextualizadas, hoje ao ver uma reportagem qualquer que seja com temas atuais envolvendo as pessoas como um todo, me faz pensar em coisas já vistas na faculdade (como por exemplo: ao ver um cidadão que rouba me faz questionar sobre o contexto oferecido a ele, e no que poderia ser feito e não em ir já discriminando).
Tenho tido grande interesse pela área da Psicologia Hospitalar, mas sei que ainda é recente, não quero me fechar a isso. Quero conhecer mais para ter um cuidado em decidir ao certo. Estou apenas cuidando e trilhando meu caminho para poder continuar.... Sei que não será fácil, mas Graças a Deus, estou aqui até hoje, depois de tantas dificuldades. O mais importante que vejo é em SEGUIR!!!
EMANUELLE RODRIGUES DINIZ
Impossível avaliar uma fase sem pensar os antecedentes, pois tudo contribuiu para este momento.
Tudo começou como um sonho! Natural de Guaraciaba, uma pequena cidade, do interior de Minas, me via distante desse mundo de conhecimento científico. Sem oportunidades, sem condições.
Mas o mais importante era que uma vontade, um sonho existiam dentro de mim. Com um sonho de ingressar na área da saúde, surge de repente uma escola técnica em uma cidade vizinha. Com tão poucas oportunidades, abarcava- me sempre a todas que aparecia pois havia concluído há dois anos o ensino médio em uma escola pública ali mesmo. E foi que ali, começaria o curso técnico de enfermagem.
Só não sabia que ali começaria uma nova vida, que me impulsionaria para o crescimento profissional. Aos 18 anos, ainda estudante do curso técnico de Enfermagem, tornei me funcionária pública através de concurso público, o que para minha família seria minha estabilidade profissional.
Aos 20 anos comecei na área da saúde agora atuando. Trabalhando com idosos e em Pronto Atendimento.
Já sendo uma pessoa muito questionadora e atenta às falas das pessoas, me vinham várias questões pertinentes. Quem são essas pessoas, que nos procuram todos os dias, trazendo sempre as mesmas queixas? Sempre buscando cuidado e atenção? Que doenças são essas que causam dependência nessas pessoas que buscam alentos nos profissionais de saúde? Por que não cuidar das pessoa, ao invés da doença? E essas questões me acompanharam por muito tempo e acredito-me foram elas que me trouxeram para a Psicologia.
Em 2005, surge uma oportunidade de trabalho em Belo Horizonte , agora sim minha história mudaria... Deixando pra trás, família, amizades amores e desamores, em busca de um sonho que agora estava próximo. Ir para a faculdade.
Nova vida! Muitas mudanças! Houve o período de estabilidade e adaptação, organização da vida financeira e construção de novos vínculos e amizades. E assim se fez tudo isso.
Bom 2007, agora é hora! Quantas dúvidas?!? As oportunidades que não existiam, agora bombardeavam minha cabeça... Tantas faculdades, tantos cursos, tantos vestibulares, tantas grades curriculares. É hora de cabeça fria e escolher o melhor.
Sem contar que ainda me pulsavam as "questões", que me levaram a escolher a medicina... Mas imaginei que seria para mim apenas por status. Apesar de ter um enorme respeito pela profissão, pensei que talvez ela não desse conta daquelas questões que me acompanhavam.
Depois foram cinco vestibulares para Enfermagem, pois havia um campo aberto para mim, uma vez que estava ligada à área, Foram cinco aprovações em faculdades diferentes, e sempre havia um aperto no coração. E uma pergunta me vinha novamente. Será que através deste curso, desta profissão, encontrarei respostas para essas questões apresentadas pelo meu público no meu trabalho hoje? E como trabalharia com isso?
E assim, encontrei o meu caminho, uma Luz me acendeu... Oba! Psicologia tem tudo a ver com minhas questões e anseios profissionais e me manterá dentro da área que gosto: a saúde.
E assim, em 2008, ingressei na PUC São Gabriel, através do vestibular, e começou uma nova história.
1º PERIODO: Que difícil conciliar trabalho /escola, trabalhar à noite, estudar de manhã! Que sono! Que cansaço. Como assimilar tantas informações? Tudo novo! Conceitos e preconceitos quebrados, conhecer os autores, pensadores, filósofos, professores, prova, nota, leitura, apresentação de trabalho, contas a pagar... Mas também a adrenalina e começar um sonho...
2º E 3º PERIODO: Algo já estava mudando, novo olhar... Agora preciso estudar, melhorar minha escrita, reaprender a ler conhecer melhor as disciplinas e suas ementas e aprendi muito nessa fase com os professores e colegas.
4º e 5º PERIODO: Agora mudou até o vocabulário. (projeto; artigo; resenha critica; análise; critica; sujeito; subjetividade; extensão; palestras; arte; pesquisa; produção; ênfase; currículo; campo; demanda...) Palavras que me amadureceram muito.
E ainda ouvir os professores dizerem: Agora vocês já têm bagagem, vamos ser mais críticos e produzir mais e melhor. Aumentaram-se as cobranças. Que bom!!! E também conhecer os campos da Psicologia através dos estágios curriculares, além das oportunidades extracurriculares.
6º PERIODO:
Momento de reflexão! Muito bacana tirar um tempo para pensar na vida acadêmica, pois com tantas informações, às vezes nos perdemos e nos pegamos visando apenas o fim.
Mudança de currículo criação e unificação de disciplina, ênfases? Hora de decidir novamente qual caminho a seguir... Nesse momento posso dizer que ainda é difícil conciliar tantas coisas, mas afirmo que tudo se dá com mais maturidade, foi grande o crescimento, muito conhecimento adquirido, nova visão. Outra visão!
Posso dizer que foi perfeita minha escolha até aqui, mas ainda não sei qual caminho seguir e que tenho um grande percurso ainda a trilhar. Construindo cada vez mais conhecimento, como disse Piaget. O conhecimento se dá através da interação.
E nessa interação entre os professores, as disciplinas os colegas de sala, estágios, o meu trabalho ente outros, cada vivência me faz cada vez mais uma produtora de conhecimento.
E com essa disciplina gestão e cuidado, entendi que são necessárias essas ênfases, essas escolhas e essa reflexão, para nos tornarmos profissionais mais dinâmicos, capazes de gerir com cuidado. Prontos para atender a necessidade das demandas atuais para a Psicologia, e dar o braço à área da saúde que é o meu desejo. Com a intenção de caminharmos juntos, visando o sujeito, gerindo e cuidando.
GIRLENE ANTUNES
E O QUE ERAM RETALHOS ... VIROU COLCHA...
ESSAS FORAM RESENHAS DO QUE CADA UMA PASSOU OU POSSA TER PASSADO ATÉ CHEGAR AQUI...MAS VALEU A PENA E CONTINUARÁ VALENDO... NOSSAS VIDAS SE CRUZANDO...
NÃO SABEMOS ONDE CADA UM ESTAVA NESSE MOMENTO E COMO RECEBEU A NOTÍCIA...MAS SABEMOS QUE O IMPORTANTE É QUE O 6° PERÍODO JÁ ESTÁ INDO EMBORA. É A HORA DE COMEÇAR A CUIDAR DE SUA TRAJETÓRIA, SE AINDA NÃO O FEZ.
- PENSAR EM QUAL TRAJETÓRIA VOCÊ BUSCOU ATÉ HOJE EM SUA VIDA E EM SEU CURSO?
- PENSAR QUE AINDA É TEMPO DE MUDANÇA E AINDA É TEMPO DE MONTAR SUA TRAJETÓRIA!
- 2012 ESTÁ SE APROXIMANDO CADA VEZ MAIS, QUE A MUDANÇA QUE TIVEMOS ATÉ HOJE SEJA CONTÍNUA.
- PENSE BEM EM QUE PROFISSIONAL VOCÊ QUER SER!!!!!!!!!!!!!!!
Interessante a trajetória de cada um, nos faz ver que nossos anseios, preocupações, inseguranças não são só nossos. Isso de certa forma me alivia,vendo que todos nós estamos no mesmo barco, mas ao mesmo tempo, como colocado por vocês,cada um é por si, ou seja, cada um faz a sua trajetória. Mas eu penso que sempre há tempo para mudar sua trajetória e o curso de sua vida, a faculdade, a psicologia, não acaba em 2012. Pode-se sempre começar e recomeçar, basta querer.
ResponderExcluirAdriana - Póspsiquê