segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Psicólogo na Mediação


No último dia 20, recebemos em nossa sala de aula, alunas e ex-alunas que já estão no mercado desenvolvendo trabalhos muito interessantes. Elas contaram o seu trajeto na faculdade, que levaram ao lugar no mercado de trabalho que estão hoje.
Dentre essas a ex-alunas Liz, desenvolve hoje um trabalho de mediação e prevenção da criminalidade, no bairro Ribeiro de Abreu. Ela conta que durante o curso, teve várias dúvidas e questionamentos sobre que percurso seguir. Teve várias experiências com pesquisas inclusive estágios relacionados à área. Ainda na faculdade, já tinha olhares para a psicologia social e fez estágio no próprio local onde desenvolve seu trabalho hoje.
Liz é contratada por uma OCIP, chamada ELO, que tem parceria com o Estado dentro da superintendência de supervisão a criminalidade, voltada para a segurança pública. Há vários programas envolvendo a prevenção da criminalidade, sendo que um deles é o da mediação de conflitos, onde Liz atua. Ela conta que o mediador de conflito, entra como técnico social, ampliando o olhar de atuação aprendendo através de uma metodologia e técnicas a se tornar um mediador.
Esse programa de mediação tem dois eixos:
  • De atendimento individual, dentro do núcleo, onde pessoas procuram para resolverem seus problemas. Liz conta que nesse caso, há uma maior demanda em conflitos familiares.
  • Atendimento coletivo, onde são trabalhadas as demandas que identificam ser coletivas. Fazem acompanhamento a grupos, propõem ações, criam projetos, elaborando-os e executando, encaixando muito na perspectiva da psicologia social.
Liz que é psicóloga atua não só com profissionais da sua área, mas também com profissionais do Direito, Assistência Social, História, numa perspectiva de interdisciplinaridade. Ela conta que a experiência de trabalhar com profissionais de áreas diversas é muito bom, mas ao mesmo tempo muito difícil, já que entre eles há diversos pontos de vista e formas de atuar. Há sempre que haver muita conversa entre eles, para chegar a um entendimento, sendo que no final, na prática os profissionais se misturam e a comunidade nem sabe distinguir qual deles é o advogado, o psicólogo...
Através das experiências dessas alunas, podemos observar o quão importante é o nosso trajeto na faculdade; nesse período, fazemos escolhas que nem sempre nos damos conta que vão ser primordiais, para depois, na nossa inserção no mercado de trabalho.

Um comentário:

  1. Essa discussão veio em boa hora para quem tem que se preparar para escolher suas ênfases, se conscientizar de que as escolhas feitas dentro da universidade influenciam fortemente o futuro.
    Dentro dessa perspectivas percebemos como fundamental as escolhas dos estágios supervisionados, que encaminharam as ex-alunas para o espaço que elas tem hoje no mercado, e que trazem grandes contribuições.
    Foi muito interessante também poder ver que "há vida depois da graduação", e que nós estamos apenas no começo. Escolhendo áreas que temos mais afinidade, e tendo compromisso com as tarefas que nos são entregues nessas oportunidades dos estágios, já estamos formando o psicólogo que seremos, pois apenas um papel com título de certificado não o faz.

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