sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Humanização em Saúde

No dia 17/setembro na PUC – Minas campus Coração Eucarístico aconteceu o Saúde em roda, com o tema Humanização em Saúde tendo como moderador- Eduardo Passos- consultor do Ministério da Saúde para a implantação da política nacional de Humanização do SUS (2003-2008), com grande experiência na área de Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas de saúde, cognição e subjetividade.

Entendemos como sendo importante compartilhar alguns relatos de Passos, tendo em vista uma produção de conhecimento a partir de um alargamento no olhar, ampliação essa que nos permitiu escutar e dialogar com outros cursos sobre as possibilidades de humanização da saúde na prática.

Segundo Passos, fazer humanização é fazer práticas inclusivas, praticas essas que são opostas ao autoritarismo que tem imperado como sendo o resultado de um centro de organização do estado e da cultura.

Inicialmente a idéia foi um despertar para a necessidade de um diálogo entre as varias atuações profissionais do campo da saúde e seus usuários. Sendo assim Passos critica uma prática de “centralização do poder”, demonstrando uma necessidade de se estabelecer um sistema de redes, proporcionando assim o método de inclusão e conseqüentemente uma humanização.

Ele demonstra a necessidade de uma prática de transversalização, que nada mais é do que criar um reposicionamento subjetivo, que são práticas de inclusão a partir da mistura dos diferentes sujeitos. Isso fica evidente na em sua declaração: ”Os usuários é quem sabe mais deles”.

Diante das discussões que tem sido feitas frentes a necessidade de equipes multiprofissional, e após essa roda de saúde, fomos desafiados a uma maior exploração às expressões que inicialmente nos pareceu nova, mas que acreditamos fazerem parte do “dicionário” que define a complexibilidade que perpassa pela junção de Gestão e Cuidado. Entendemos como sendo:

·         Descentralização do poder = escutar os demais, abolindo a prática mecanizada e atitudes pretensiosas frente à atuação de outros profissionais, tendo assim como prioridade a saúde do sujeito.
·         Reposicionamento subjetivo = Seria uma “mistura”, que proporcionaria uma inclusão a partir de uma escuta do que o sujeito tem a dizer sobre si,     e uma conversa multiprofissional na tentativa de uma melhor compreensão desse sujeito como um todo.  .
·         Implantação de um sistema de redes e extermínio da prática de autoritarismo = Conscientização de que todos podem contribuir para a construção de um saber e uma humanização que conseqüentemente irá promover saúde.     

Todas essas atitudes vão dizer de uma prática de Gestão e Cuidado frente às necessidades do sujeito, acreditamos ser possível essa conscientização, mesmo que pareça estar distante sua execução em grande parte dos contextos que deveriam promover saúde, no entanto são necessárias essas atitudes para que as equipes multiprofissionais possam propagar a humanização da saúde atingindo os níveis físicos e psíquicos do ser humano.

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