Humanização em Saúde
No dia 17/setembro na PUC – Minas
campus Coração Eucarístico aconteceu o Saúde em roda, com o tema Humanização
em Saúde tendo como moderador- Eduardo Passos- consultor do
Ministério da Saúde para a implantação da política nacional de Humanização do
SUS (2003-2008), com grande experiência na área de Psicologia, atuando
principalmente nos seguintes temas: políticas públicas de saúde, cognição e subjetividade.
Entendemos como sendo importante
compartilhar alguns relatos de Passos, tendo em vista uma produção de
conhecimento a partir de um alargamento no olhar, ampliação essa que nos
permitiu escutar e dialogar com outros cursos sobre as possibilidades de
humanização da saúde na prática.
Segundo Passos, fazer humanização
é fazer práticas inclusivas, praticas essas que são opostas ao autoritarismo
que tem imperado como sendo o resultado de um centro de organização do estado e
da cultura.
Inicialmente a idéia foi um
despertar para a necessidade de um diálogo entre as varias atuações
profissionais do campo da saúde e seus usuários. Sendo assim Passos critica uma
prática de “centralização do poder”, demonstrando uma necessidade de se
estabelecer um sistema de redes, proporcionando assim o método de
inclusão e conseqüentemente uma humanização.
Ele demonstra a necessidade de
uma prática de transversalização, que nada mais é do que criar um reposicionamento
subjetivo, que são práticas de inclusão a partir da mistura dos diferentes sujeitos.
Isso fica evidente na em sua declaração: ”Os usuários é quem sabe mais deles”.
Diante das discussões que tem
sido feitas frentes a necessidade de equipes multiprofissional, e após essa
roda de saúde, fomos desafiados a uma maior exploração às expressões que
inicialmente nos pareceu nova, mas que acreditamos fazerem parte do “dicionário”
que define a complexibilidade que perpassa pela junção de Gestão e Cuidado.
Entendemos como sendo:
·
Descentralização do poder = escutar
os demais, abolindo a prática mecanizada e atitudes pretensiosas frente à
atuação de outros profissionais, tendo assim como prioridade a saúde do sujeito.
·
Reposicionamento subjetivo = Seria
uma “mistura”, que proporcionaria uma inclusão a partir de uma escuta do que o
sujeito tem a dizer sobre si, e uma
conversa multiprofissional na tentativa de uma melhor compreensão desse sujeito
como um todo. .
·
Implantação de um sistema de redes e
extermínio da prática de autoritarismo = Conscientização de que
todos podem contribuir para a construção de um saber e uma humanização que conseqüentemente
irá promover saúde.
Todas essas atitudes vão dizer de
uma prática de Gestão e Cuidado frente às necessidades do sujeito, acreditamos
ser possível essa conscientização, mesmo que pareça estar distante sua execução
em grande parte dos contextos que deveriam promover saúde, no entanto são
necessárias essas atitudes para que as equipes multiprofissionais possam
propagar a humanização da saúde atingindo os níveis físicos e psíquicos do ser
humano.
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