Em 19 de fevereiro de 2004, foi
aprovada uma nova diretriz curricular para o curso de psicologia. Através dela,
busca-se uma formação ampla do psicólogo, definindo eixos estruturantes nos
quais o curso de psicologia deve se estruturar. Também procura formar um
profissional mais maduro, capaz de perceber e analisar as problemáticas atuais,
e a partir daí poder intervir de forma eficiente. Prevêem no decorrer do curso,
separações, ênfases como em investigação científica, processos educativos, de
gestão, prevenção e promoção de saúde, processos clínicos de avaliação,
aconselhamento e psicoterapias, sendo livre a criação de novas ênfases. Por
fim, essas diretrizes vêem a garantir uma qualidade, coerência e homogeneidade
do curso de psicologia.
Crítica
A princípio as idéias colocadas nas
diretrizes curriculares são interessantes, mas nem sempre visualizadas na
prática. Vê-se uma mercantilização dos cursos de psicologia formando profissionais
muito mais tecnicistas do que críticos e generalistas como colocado nas
diretrizes.
A própria estrutura social, econômica
e cultural brasileira inviabiliza uma educação de qualidade. Os alunos
brasileiros não têm condições de dedicar exclusivamente à vida acadêmica,
também as faculdades não têm interesse em viabilizar um curso integral de
qualidade, até mesmo pelo alto custo que iria gerar.
Há que se falar também na estrutura
física das universidades, que não privilegiam a comunicação entre os cursos e
os alunos, o que ajudaria em muito na formação generalista do profissional de
psicologia.
Concluindo, muito distante está o
almejado pelas diretrizes curriculares da realidade brasileira e também
mundial, capitalista onde vigora o lucro, mesmo em detrimento da formação do
ser humano.
Póspsiquê
Na crítica, o grupo PósPsique discorreu sobre a questão das faculdades viabilizarem um curso integral, porém as instituições teriam um grande custo nesta implantação. Acreditamos que não somente isso, mas tal reforma na grade traria dificuldades para aquelas pessoas que desejam passar por um curso superior, uma vez que muitas delas não dispõe de tanto tempo, pois precisam trabalhar para ajudar nas despesas de casa, pagar o curso, além da necessidade da realização de estágios curriculares e extracurriculares.
ResponderExcluirGrupo: ESQUISOGRUPO
Vê-se que como dito pelo grupo Pós-psiquê, apesar das mudanças no mercado de trabalho, as estruturas social, econômica, cultural e educacional brasileira não acompanharam também essas mudanças. Mas é preciso dedicação e empenho para que estas estruturas possam alavancar, e nada melhor do que as eleições para começarmos a vislumbrar melhorias. O voto consciente assim como as novas diretrizes do curso de psicologia visam a garantir uma qualidade, coerência, ética e homogeneidade na política brasileira e no curso de psicologia. Um futuro que apesar de distante, não deve se tornar impossível de se tornar realidade.
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