Após a leitura dos textos variados
dos grupos deste blog, a nós " Subjetividade" ficou incubida a tarefa
de comentar sobre o texto " Psicólogo,
você sabe o que é Twitter?" Entonces, muchachos, a cá estás:
É certo que o psicólogo deve
conhecer as várias ferramentas do mundo virtual, assim como o Twitter. Essa
ferramenta foi proposta para a divulgação das atividades realizadas pelos sujeitos em seu cotidiano.
No entanto, acreditamos que essa proposta inicial foi distorcida. Hoje o
Twitter é utilizado em resposta à questão: O que você pensa sobre?......
Assim, ao twittarmos sobre algo, deixamos ali nossos posicionamentos sobre as
várias questões que estão em destaque na mídia. Esse posicionamento é lido e
julgado por outros, fazendo com que as pessoas criem personagens para se expor
nesse “rede interativa”, perdendo a originalidade da proposta, ou seja mostrar
verdadeiramente o que é. Tudo isso, para satisfazer as expectativas dos
leitores e o que julga ser uma postura reconhecida socialmente. Ao nosso ver, esse mostrar velado nada mais é
do que representar aquilo que não se é ou pensa. E assim podemos pensar na
alegoria das máscaras, “ eu sou aquilo que você gostaria de ver”, então enceno.
Escrever sobre o “Twittar” levantou
outros questionamentos: Não estamos reproduzindo em tudo que fazemos aquilo que
essa sociedade diluída nos proporciona?
Indo mais além, não seríamos
fantoches nesse palco social? De acordo
com o sociólogo Peter Berger, quando fala da teoria dos papéis e da visão do
homem baseada em sua existência na sociedade, nesta visão ele mostra que o
homem representa papéis dramáticos no grande drama da sociedade e que,
falando-se sociologicamente, ele (o homem) é as máscaras que tem de usar para
representar. A pessoa neste caso, é percebida como um repertório de papéis,
cada um dos quais adequadamente equipado com uma determinada identidade. E assim, para diferentes platéias
existirá mudanças de roupagens, ou
máscaras sempre exigindo que o ator seja um personagem.
E neste mundo informatizado, os twitteres,
orkuts e todas as outras denominações, são na verdade uma falsa amostra daquilo
que gostaríamos que os outros vissem de nós!!!!
Referência: BERGER, Peter. Perspectivas Sociológicas: uma visão
humanística. Petropólis, Vozes, 1986.
A cena social é mesmo povoada de agentes sociais, de atores que representam desejos, necessidades, conflitos, demandas, contradições, expectativas individuais ou coletivas. Penso que as redes virtuais mostram essa diversidade de pensamentos e expressões, de contextos e personagens. Contudo, acredito que não devemos fixar o perfil em verdadeiro ou a opinião em falsa. (ou vice-versa). Proponho mais fluidez! Pensar talvez em uma versão de mim, uma faceta ou mesmo vontades temporárias, ideias passageiras que possa se desfazer, se reinventar, trazendo outras de mim mesma....
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