quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Considerações sobre : “" Psicólogo, você sabe o que é Twitter?"



Após a leitura dos textos variados dos grupos deste blog, a nós " Subjetividade" ficou incubida a tarefa de comentar sobre o texto " Psicólogo, você sabe o que é Twitter?" Entonces, muchachos, a cá estás:
É certo que o psicólogo deve conhecer as várias ferramentas do mundo virtual, assim como o Twitter. Essa ferramenta foi proposta para a divulgação das atividades  realizadas pelos sujeitos em seu cotidiano. No entanto, acreditamos que essa proposta inicial foi distorcida. Hoje o Twitter é utilizado em resposta à questão: O que você pensa sobre?......
Assim, ao twittarmos sobre algo, deixamos ali nossos posicionamentos sobre as várias questões que estão em destaque na mídia. Esse posicionamento é lido e julgado por outros, fazendo com que as pessoas criem personagens para se expor nesse “rede interativa”, perdendo a originalidade da proposta, ou seja mostrar verdadeiramente o que é. Tudo isso, para satisfazer as expectativas dos leitores e o que julga ser uma postura reconhecida socialmente.  Ao nosso ver, esse mostrar velado nada mais é do que representar aquilo que não se é ou pensa. E assim podemos pensar na alegoria das máscaras, “ eu sou aquilo que você gostaria de ver”, então enceno.
Escrever sobre o “Twittar” levantou outros questionamentos: Não estamos reproduzindo em tudo que fazemos aquilo que essa sociedade diluída nos proporciona?
Indo mais além, não seríamos fantoches nesse palco social?  De acordo com o sociólogo Peter Berger, quando fala da teoria dos papéis e da visão do homem baseada em sua existência na sociedade, nesta visão ele mostra que o homem representa papéis dramáticos no grande drama da sociedade e que, falando-se sociologicamente, ele (o homem) é as máscaras que tem de usar para representar. A pessoa neste caso, é percebida como um repertório de papéis, cada um dos quais adequadamente equipado com uma determinada identidade.  E assim, para diferentes platéias existirá  mudanças de roupagens, ou máscaras sempre exigindo que o ator seja um personagem.
E neste mundo informatizado, os twitteres, orkuts e todas as outras denominações, são na verdade uma falsa amostra daquilo que gostaríamos que os outros vissem de nós!!!!

Referência: BERGER, Peter. Perspectivas Sociológicas: uma visão humanística. Petropólis, Vozes, 1986. 






Um comentário:

  1. A cena social é mesmo povoada de agentes sociais, de atores que representam desejos, necessidades, conflitos, demandas, contradições, expectativas individuais ou coletivas. Penso que as redes virtuais mostram essa diversidade de pensamentos e expressões, de contextos e personagens. Contudo, acredito que não devemos fixar o perfil em verdadeiro ou a opinião em falsa. (ou vice-versa). Proponho mais fluidez! Pensar talvez em uma versão de mim, uma faceta ou mesmo vontades temporárias, ideias passageiras que possa se desfazer, se reinventar, trazendo outras de mim mesma....

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