quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Loucura como construção social

Estava reparando de um tempo pra cá a questão da loucura. Reparei que ela (se é que ela existe) é nada mais que parte de uma significação que nós mesmos atribuímos a ela, ou seja, ninguém é louco objetivamente e sim interpretado como tal (culturalmente). Fenomenologia social? Viagem da minha parte? Não sei ao certo, mas penso que a questão da loucura merece atenção menos pragmática ou menos digamos psicologizada e conseqüentemente reducionista. E não para por aí o nosso potencial medíocre de simbolizar as coisas. Pense então na questão da loucura em uma perspectiva racial ou por classe social. Pra exemplificar pegaremos o senhor Joaquin, saudoso Joaquin, morador do bairro tupi, que no auge dos seus 23 anos é conhecido como maluco beleza, apelido cunhado pela comunidade pelo simples fato dele não se enquadrar nos padrões da sociedade. Joaquin talvez gostasse de ser chamado de excêntrico, ou talvez não, talvez ele nem saiba o significado dessa palavra. "Humm excêntrico?". É incrível como conseguimos dar sentido a uma palavra e como ela pode ser mais aceita que outras, basta ter saído de um contexto favorável. Temos excêntricos na TV e loucos nas ruas. . .

dos Ermitões

In: Momento reflexão

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